"Observou-se um valor de Rt superior a 1 nas regiões Centro (1,01), Alentejo (1,03) e Algarve (1,04) indicando uma tendência constante a crescente da incidência de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19", refere o relatório publicado todas as sextas-feiras pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa).

"Se estas taxas de crescimento se mantiverem, o limiar da taxa de incidência a 14 dias de 960 casos por 100.000 habitantes poderá ser atingido em duas semanas a um mês na região Algarve e o limiar 480 casos por 100.000 em um a dois meses
na região Alentejo", acrescenta o documento.

A nível nacional e também nas regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo o R(t) é menor que 1 quando uma "tendência estável a decrescente".

Em comparação com os valores apresentados no relatório da semana passada, o valor médio do Rt apresenta um aumento em todas as regiões: Norte de 0,91 para 0,97, Centro de 0,99 para 1,01, LVT de 0,96 para 0,97, Alentejo de 1,01 para 1,03 e na região do Algarve de 0,94 para 1,04.

"Estes resultados sugerem uma desacelaração da tendência decrescente da incidência, e o possível início de uma fase de crescimento da incidência nas regiões Alentejo e Algarve", conclui A DGS e o INSA.

Segundo o relatório, Portugal registou uma atividade epidémica “de elevada intensidade, com tendência estável a nível nacional”, prevendo-se uma pressão sobre os cuidados de saúde de “tendência decrescente” e uma taxa de mortalidade por covid-19 a manter-se “provavelmente elevada, mas com tendência constante”.

A variante Delta continua a representar a quase totalidade das infeções (99,5%).