“Inspirado no Prémio Aga Khan de Arquitetura – lançado em 1977 -, a nova distinção, trienal, pretende reconhecer e apoiar criações e talentos musicais de exceção, nas sociedades de todo o mundo em que os muçulmanos têm presença significativa”, lê-se num comunicado divulgado hoje pela Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Com estes prémios, a fundação irá distinguir “também iniciativas no domínio social e educativo que contribuam para garantir a continuidade histórica e a renovação deste património musical, vindo ocupar uma área em aberto no atual universo dos prémios musicais”.

De acordo com informação disponibilizada no ‘site’ da fundação, os nomeados serão escolhidos por “um grupo de cerca de cem especialistas de música de todo do mundo”, e o júri que atribuirá os prémios incluirá “músicos consagrados, diretores de festivais, produtores discográficos líderes na educação artística, entre outros”.

Os finalistas dos prémios irão reunir-se em Lisboa, de 29 a 31 de março, numa iniciativa que, de acordo com a CML, “incluirá concertos, oficinas, ‘master classes’, mesas redondas e ‘jam sessions’, e que culminará na atribuição dos prémios, num total superior a 400 mil euros”.

Os premiados “terão também acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional, como apoios para a criação de novas obras, contratos para gravações, agenciamento, apoio a iniciativas piloto de educação e consultorias técnicas ou curatoriais para projetos de arquivamento, preservação e difusão de música”.

O comité dos “Aga Khan Music Awards” 2018-2019 (Prémios de Música Aga Khan, em português) é composto por “dez personalidades internacionais das áreas da educação, artes e cultura”, entre as quais a vereadora da Cultura da CML, Catarina Vaz Pinto.

Em 2016, a Fundação Aga Khan comprou ao Estado português o Palácio Henrique Mendonça/Casa Ventura Terra, situado na rua Marquês de Fronteira, em Lisboa, para aí instalar a sua sede.

A Fundação Aga Khan, uma Organização Não Governamental (ONG), foi criada em 1967 pelo príncipe Karin, nomeado Aga Khan IV, em 1957.

A fundação iniciou atividade em Portugal em 1983, com trabalho centrado nas áreas do desenvolvimento da infância, educação, inclusão económica, sociedade civil e seniores em áreas urbanas.