“A associação de pais deste estabelecimento considera que, além da desinfestação prevista e necessária nestes próximos dias, é urgente que existam compromissos de manutenção e limpeza do recinto escolar (mato) para que as pragas se consigam controlar”, salienta a APEEESR, em comunicado.

De acordo com a associação, são também necessários “planos concretos para uma requalificação de fundo nas infraestruturas desta escola, permitindo as condições mínimas para um ensino público de qualidade”.

A Escola Secundária do Restelo e a Escola Básica (EB) 1 de Caselas, em Lisboa, fecharam hoje portas ao início da tarde para se realizar uma desratização, informou o diretor do Agrupamento de Escolas do Restelo, Júlio Santos.

Em declarações à Lusa, o responsável avançou que as escolas, do mesmo agrupamento, fecharam hoje e só voltam a abrir na segunda-feira, depois de cumprido o período de “quarentena e resguardo”.

“Há cerca de um mês e meio tivemos uma situação com roedores, mas, na altura, identificou-se que o problema era originário numa palmeira. Fizemos uma intervenção interna e o problema foi resolvido. No entanto, há um dia ou dois foi novamente dado conta de uma praga de roedores e acionamos os meios para o controlar”, indicou Júlio Santos.

Segundo o responsável, dentro das duas escolas será feita uma intervenção por parte de uma empresa contratada para o efeito e, no exterior, a Junta de Freguesia, em articulação, com a Câmara de Lisboa irá proceder à limpeza na área circundante.

Também em declarações à Lusa, um aluno da Escola Secundária do Restelo relatou que a escola “fechou por causa de uma praga de ratos”, e referiu que “não é a primeira vez” que isto acontece.

Além deste, subsistem outros problemas neste estabelecimento de ensino, segundo a APEEESR.

“Entre outras coisas, [falta] um pavilhão gimnodesportivo, um refeitório autónomo e com capacidade para os mais de 1.400 alunos, uma avaliação ambiental às coberturas de fibrocimento, mobiliário novo nas salas de aula e um sistema elétrico remodelado que permita aquecimento”, precisa a associação de pais, apontando que “a intervenção prevista em 2018 apenas para os balneários da escola e na sequência de uma greve de professores é claramente insuficiente”.

A APEEESR sublinha que “tem tido uma constante preocupação com o estado das infraestruturas da escola”, razão pela qual já organizou ações de voluntariado para colmatar a degradação no mobiliário das salas de aula, criou uma petição ‘online’ para divulgar a necessidade de intervenção e enviou cartas ao Ministério da Educação relatando a deterioração das coberturas de fibrocimento.

Acresce que, desde 2016, a associação tem vindo a alertar a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para a necessidade de um pavilhão gimnodesportivo.

“A Escola Secundária do Restelo é um local tranquilo, de bom convívio entre os alunos, onde a aprendizagem é um assunto sério e onde são obtidos excelentes resultados. Todos os alunos, famílias e profissionais que estão envolvidos merecem melhores condições diárias para continuar a fazer melhor. Para quando?”, questiona a APEEESR na nota.