O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o presidente da Associação Nacional de Farmácias, Paulo Duarte, apresentaram, em conferência de imprensa, os detalhes do plano de testagem nesta "nova fase da pandemia".
O autarca explica que o plano, que arranca a 31 de março e em 10 freguesias, permitirá que cada munícipe realize dois testes rápidos de antigénio gratuitos por mês. "O nosso grande objetivo é reduzir a propagação da pandemia", disse Fernando Medina.
A estratégia de testagem em massa vai ter como locais de recolha, para já, 100 farmácias da cidade. Os testes rápidos antigénio podem ser feitos nas farmácias aderentes, que estarão identificadas e cuja lista estará disponível nos sites da CML e Associação Nacional de Farmácias.
O plano abrange residentes a partir dos 16 anos nas freguesias de Lisboa com mais de 120 mil casos por 100 mil habitantes.
Para realizar um teste, o munícipe deve agendar diretamente ou por telefone na sua farmácia mais próxima ou em qualquer outra que faça parte do programa. Cada pessoa pode fazer um teste a cada 15 dias, desde que respeite os critérios já referidos.
As farmácias aderentes comunicam os resultados ao SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) e, nos casos positivos, o cidadão será contactado pelo SNS.
São abrangidas por este plano dez freguesias: Ajuda, Alvalade, Arroios, Estrela, Marvila, Olivais. S. Vicente, Sta Clara, Sta Maria Maior e Sto António.
O quadro das freguesias abrangidas, de acordo com a evolução do número de infetados, será atualizado quinzenalmente.
A testagem será para quem vive nas freguesias com nível de incidência alta, mas não obriga a que seja feito nessas freguesias, podendo ser realizado em qualquer farmácia aderente.
De acordo com a autarquia, este é "o maior programa de testagem lançado até agora no país e com maior número de centros de teste, espalhados por toda a cidade".
O programa estará a funcionar até ser atingida "a imunidade de grupo" ou "enquanto for necessário", assegura Fernando Medina.
Paulo Duarte, presidente da Associação Nacional de Farmácias, destaca o "programa histórico" que sublinha "a importância que o poder local tem em termos de saúde pública".
"Testes seguros de acesso fácil, no local onde as pessoas vivem e trabalham, são um grande serviço aos cidadãos", defendeu.
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