Segundo os números avançados à agência Lusa pelo próprio presidente da Liga, a lista B obteve 77,5% dos votos e a lista A 22,5%.
Às eleições, que se realizaram no 43.º congresso da LBP que decorre em Fafe, concorriam a lista liderada por Marta Soares (que se recandidatou a um terceiro mandato) e a lista liderada por José Barreira Abrantes, que já esteve na LBP e foi presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e da Escola Nacional de Bombeiros.
“Saímos com um grande reforço do congresso”, disse Jaime Marta Soares à Lusa, acrescentando que os resultados foram “uma das maiores votações” e uma prova de que os bombeiros apoiam as propostas “claras e objetivas” da lista B.
O congresso termina no domingo, com a presença do primeiro-ministro, prometendo Jaime Marta Soares que vai analisar “muito bem” as propostas do Governo para o setor da proteção civil e que, se as mesmas não forem “muito próximas” das que defende a LBP, não deixará de “fazer valer” o reforço do apoio que hoje recebeu.
“As nossas propostas têm de ser ouvidas. Os bombeiros querem procurar soluções e não problemas”, disse o responsável à Lusa, adiantando que os bombeiros são o principal agente da proteção civil, que querem ser ouvidos nas políticas para o setor e que esperam não chegar a uma situação de “quebra de relacionamento institucional”.
Na sexta-feira, na sessão de abertura do congresso, Marta Soares criticou o facto de os bombeiros não terem sido chamados a participar na comissão técnica independente (sobre os incêndios de Pedrógão Grande que, em junho, provocaram 64 mortos).
"Como é possível fazer uma reforma da Proteção Civil em Portugal sem ouvir os bombeiros", questionou, aplaudido por centenas de representantes dos bombeiros, de vários pontos do país.
Insistindo nas críticas às conclusões do relatório da comissão técnica, o dirigente afirmou: "Os bombeiros não admitem que lhes ponham qualquer sentimento de culpa, porque foram capazes e competentes no exercício da sua missão".
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