Entre os membros da Comissão Política Nacional do PS, 14% votaram contra e 3% optaram pela abstenção.
Uma das poucas mudanças introduzidas nas listas nesta reunião da Comissão Política Nacional do PS foi a subida da deputada Romualda Fernandes na candidatura pelo círculo de Lisboa.
Romualda Fernandes, atual deputada, estava na lista que saiu da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) na 27.ª posição, em lugar considerado na zona cinzenta de eleição, tendo passado agora para a 19.º, com o secretário de Estado Miguel Cabrita a descer para o 20.º lugar.
Em conferência de imprensa, no final da reunião, José Luís Carneiro destacou “o fator experiência” entre os candidatos a deputados pelo PS, considerando que essa característica "é essencial para dar suporte político a um Governo que se quer estável”.
O “número dois” da direção do PS adiantou que há oito cabeças de lista novos em relação às eleições legislativas de 2019 e que foram incluídos em lugar de eleição direta dois dirigentes da UGT.
“As listas são compostas por pessoas com experiência de vida e política. O momento exigente que o país atravessa é importante termos pessoas com essa experiência, para darem estabilidade e suporte político competente Governo”, disse.
Perante os jornalistas, o secretário-geral adjunto do PS procurou traçar de forma indireta uma linha de diferenciação face ao PSD, dizendo que, no caso dos socialistas, “70% dos candidatos a deputados foram escolhidos num processo democrático, com a participação das estruturas locais e distritais”.
“Nestas escolhas, temos 147 mulheres candidatas nas listas do PS e há um rejuvenescimento forte dos jovens já com qualificações, que decidiram estar disponíveis para a vida política e cívica”, referiu ainda.
José Luís Carneiro salientou ainda a “aprovação expressiva” das listas de candidatos a deputados dentro do PS.
“Foram validadas as escolhas do secretário-geral [António Costa]. Há linhas de continuidade, mas também de inovação, de novo impulso e de progresso. Mas no PS não se reescreve a História”, advogou, antes de dizer que em vários círculos eleitorais o líder, António Costa, não esgotou a sua quota na escolha de candidatos.
De acordo com os estatutos do PS, o secretário-geral pode escolher cerca de um terço dos candidatos a deputados.
“Em vários distritos, para respeitar as respetivas estruturas, o secretário-geral do PS abdicou de usar essa faculdade que lhe é conferida pelos estatutos. Tendo essa faculdade de indicar candidatos, em vários territórios do país, sobretudo nos círculos mais pequenos, António Costa abdicou dessa quota para que mais de 70% das escolhas tivessem uma ligação aos territórios locais e regionais”, acrescentou.
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