“Não é o dispositivo ideal, mas é o possível”, disse Tiago Bugio, o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral.
O responsável falava aos jornalistas à margem da cerimónia de apresentação do dispositivo especial de combate a incêndios rurais da sub-região do Alentejo Litoral que decorreu no Parque de Feiras e Exposições de Grândola, no distrito de Setúbal.
“Estamos a trabalhar para sermos muito mais eficientes, com treinos e mobilização de meios, e a preparar este dispositivo de forma minuciosa para, face à sua dimensão, ser o mais rápido possível e com a melhor quantidade de meios”, adiantou.
A sub-região do Alentejo Litoral, que é composta pelos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira (Beja), tem uma área de 531 mil hectares e conta com 100 mil habitantes.
Do total da área, “95% é composta por floresta, mato, superfícies agroflorestais, agrícolas e pastagem”, precisou o responsável.
“Temos alguns concelhos que preocupam muito, face à ausência praticamente de resposta, como o concelho de Sines que tem uma freguesia prioritária para este dispositivo de combate a incêndios rurais”, revelou.
Este município irá disponibilizar apenas “uma cisterna”, cabendo “o ataque inicial” à equipa de Sapadores Florestais, explicou o responsável, acrescentando que só, após o alerta, serão mobilizados “alguns bombeiros de Sines e dos concelhos limítrofes”.
O dispositivo vai contar, entre 15 de maio e 15 de outubro, com o empenhamento de 10 corpos de bombeiros da sub-região do litoral alentejano, oito equipas de Intervenção Permanente (IP), num total de 40 bombeiros, sete Equipas de Combate a Incêndios e cinco Equipas de Apoio Logístico, num total de 85 bombeiros para a fase inicial.
Na fase mais crítica de fogos, o dispositivo vai contar com 13 Equipas de Combate a Incêndios e seis de Apoio Logístico, perfazendo um total de 117 bombeiros incluindo as Equipas de Intervenção Permanente.
Segundo o responsável o dispositivo será ainda reforçado “com um meio aéreo, com base em Grândola, a partir de 01 de junho”.
A época mais crítica dos incêndios florestais decorre de 01 de julho a 30 de setembro.
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