Durante uma visita ao Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos), em que se encontrou com o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, Arvidas Anusauskas garantiu que era “ótimo estar de volta” aos Estados Unidos e lamentou “a tentativa da Rússia de mudar a Europa e as leis de ordem” na região.
“Agora, mais do que nunca, é importante manter a unidade e mostrar solidariedade perante a invasão brutal da Rússia na Ucrânia. Fico feliz que a cooperação de defesa entre a Lituânia e os Estados Unidos esteja mais forte do que nunca”, disse Anusauskas, citado num comunicado do Departamento de Defesa norte-americano.
Assim, sublinhou que este ano é “especial para a cooperação entre as duas partes” porque assinala o centenário do início das relações diplomáticas.
Sobre a assinatura do contrato para aquisição do sistema HIMARS, Anusauskas indicou que é um “grande passo” para as Forças Armadas da Lituânia.
“É um novo sistema que aumentará significativamente as capacidades no âmbito nacional e regional”, explicou o representante lituano.
Os HIMARS (High Mobility Artillery Rocket System), que foram enviados para a Ucrânia, são sistemas de armas fabricados pelos Estados Unidos que podem disparar uma série de mísseis até 300 quilómetros, dependendo do tipo de munição.
Nas mesmas declarações, Arvidas Anusauskas congratulou-se com a decisão de ser enviado também um contingente com tropas norte-americanas “que irá revezar-se pelos países bálticos, incluindo a Lituânia (…)”.
“Estamos felizes em ver tropas norte-americanas em solo lituano”, afirmou Anusauskas.
Já Lloyd Austin alertou que se “está a enfrentar um momento crucial na Europa após dez meses de guerra cruel e injustificada contra a Ucrânia”.
“As forças do Kremlin [Presidência russa] mostram crueldade deliberada e visam a infraestrutura civil”, disse Austin.
No entanto, o secretário de Defesa dos Estados Unidos enfatizou que “o povo ucraniano respondeu com uma coragem incrível que o mundo agora conhece bem”.
“Os Estados Unidos, juntamente com os nossos aliados e parceiros, estão profundamente comprometidos em apoiar a Ucrânia enquanto esta resiste à agressão russa e defende o seu direito de existir”, acrescentou Austin.
“Quero agradecer à Lituânia por ter oferecido equipamento militar à Ucrânia, bem como ajuda para tarefas de treino, para que se possam defender”, referiu o representante norte-americano, destacando ainda a vontade de Vilnius de “receber tropas aliadas”.
A 24 de fevereiro deste ano, a Rússia invadiu a Ucrânia, desencadeando uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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