“A habitação é obviamente uma preocupação nossa e acredito que de todos os partidos que sejam eleitos no dia 24. Temos de começar a resolver os problemas e as carências da população, quer a nível de habitação, quer também a nível do próprio rendimento o quanto antes”, afirmou Tiago Camacho.

O candidato defendeu, por isso, a necessidade de “simplificar os programas” do setor e de “rentabilizar casas e sítios fechados” numa iniciativa de campanha eleitoral, em frente à Assembleia Legislativa da Madeira, que contou com a presença do porta-voz do partido Rui Tavares.

“Para que consigamos ter casas não em 2026 ou em 2027 como se perspetiva nas obras que estão a ser feitas, mas já no próximo ano conseguirmos responder, com o próximo orçamento também, aos problemas da sociedade madeirense e porto-santense”, sustentou.

O operador de armazém, de 33 anos, que anda nas lides políticas desde 2017, reafirmou que tem sentido “uma boa aceitação por parte das pessoas” e que está confiante num “bom resultado”.

“Obviamente que ainda falta uma semana para as eleições, [mas] vamos empenhar-nos a 300% para realmente no dia 24 conseguirmos ter representação parlamentar e para que os madeirenses e porto-santenses tenham uma voz livre na Assembleia Regional na próxima legislatura”, garantiu.

Rui Tavares considerou “perfeitamente possível” a eleição de um deputado nas legislativas do arquipélago, argumentando que o partido tem representação na Assembleia da República e as pessoas reconhecem o trabalho feito.

O porta-voz destacou os “resultados honrosos” obtidos em eleições nacionais e europeias quando o partido ainda não tinha assento no parlamento nacional, com “centenas ou até milhares” de votos de madeirenses, para defender que o Livre está agora num “estatuto diferente”.

O partido estreia-se este ano em legislativas regionais na Madeira, destacando a falta de habitação e os baixos salários como os principais problemas a combater.

O arquipélago mantém-se – a par do Algarve e das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto – entre as zonas com os mais elevados preços de casas no país, com um valor mediano da habitação de 1.571 euros/metro quadrado no ano passado (acima do preço mediano de 1.484 euros/metro quadrado no país), segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Concorrem às legislativas madeirenses 13 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.