O Governo britânico está a avaliar a criação de “corredores de viagem” com uma série de destinos para que os britânicos possam ir de férias sem precisar de cumprir a quarentena de 14 dias no seu regresso ao Reino Unido atualmente em vigor.
De acordo com a edição de quinta-feira do Daily Telegraph, o Governo britânico está a delinear um plano com três etapas, a primeira das quais prevê acordos com destinos de férias populares na Europa, incluindo França, Itália, Espanha, Grécia e Alemanha.
Porém, adianta o jornal, estes países de “baixo risco” não deverão incluir Portugal devido ao aumento de casos de coronavírus nos últimos dias na região de Lisboa e sul do país.
O jornal The Sun coloca Portugal em dúvida, mas o Daily Mail refere que “é provável que seja incluído na lista de destinos, apesar de preocupações com surtos” no país.
Segundo a imprensa britânica, numa segunda fase, a partir de agosto, seriam adicionados destinos de médio curso, como Turquia, Marrocos, além de ilhas francesas da Reunião no Oceano Índico, algumas ilhas das Caraíbas e Dubai.
No final do verão serão incluídos países que implicam voos de longo curso, como Vietname, Singapura, Hong Kong ou Canadá, embora as listas de nomes variem.
O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, afirmou na quarta-feira que a lista de países com os primeiros “corredores” será revelada hoje, quando está prevista a primeira revisão desde que entrou em prática a quarentena, introduzida há três semanas para tentar travar a pandemia de covid-19.
Desde 08 de junho que todas as pessoas que chegam do estrangeiro ao Reino Unido, incluindo britânicos, são obrigadas a permanecer em isolamento durante 14 dias para reduzir a probabilidade de contágio.
Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna português, Eduardo Cabrita, disse que “não há nenhuma razão” para a aplicação de quarentena no regresso ao Reino Unido, mas não quis antecipar o anúncio do Governo britânico sobre o corredor aéreo com Portugal.
Portugal é um dos países que tem manifestado interesse em negociar um “corredor aéreo” com o Reino Unido para poder receber turistas britânicos, que representaram quase 20% do total em 2019.
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