Este debate público, realizado no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, contou também com a presença de representantes de comissões de utentes do concelho, que referiram o “défice de meios de transporte” e de alternativas ao transporte rodoviário.

Na sessão, foram apresentadas pela Câmara Municipal de Loures (distrito de Lisboa) propostas que vão no sentido de estender a rede de metropolitano ao concelho, nomeadamente através das linhas amarela e vermelha, de alargar o serviço da Carris e de melhorar os interfaces modais nas localidades de Santa Iria da Azoia, Bobadela e Sacavém.

Relativamente ao metropolitano, a autarquia pretende que através da linha amarela sejam criadas estações em Santo António dos Cavaleiros, Hospital Beatriz Ângelo, Loures (cidade) e no Infantado, e da linha vermelha sejam criadas estações na Portela e em Sacavém, situação que beneficiaria 136.477 habitantes.

Atualmente, no concelho de Loures existe apenas uma estação de metro na vila de Moscavide, junto ao Parque das Nações.

Quanto ao serviço da Carris (atualmente sob gestão da Câmara de Lisboa), a Câmara de Loures pretende que, além das freguesias da Portela, Moscavide, Prior Velho e Fetais (Camarate), este possa ser alargado à cidade de Sacavém, à União de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação e a Santo António dos Cavaleiros.

Outra das intenções da autarquia é a criação de interfaces modais nas localidades de Santa Iria de Azoia, Bobadela e Sacavém, “promovendo, desta forma, uma articulação entre o transporte rodoviário e o ferroviário”.

Durante o debate, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), sublinhou que o município parte para o debate sobre os transportes na Área Metropolitana de Lisboa (AML) com uma realidade de “enorme carência e desajuste às necessidades da população”.

O autarca comunista referiu-se ao anúncio público do presidente da Câmara Municipal de Lisboa e AML, Fernando Medina, a propósito da redução do preço dos passes na região, ressalvando que foi uma tomada de posição concertada com os restantes municípios.

Numa entrevista publicada há duas semanas pelo jornal Expresso, Fernando Medina (PS) defendeu que os passes para circular dentro do concelho de Lisboa deveriam ter um teto máximo de 30 euros, valor que subiria para os 40 euros na área metropolitana.

Bernardino Soares considera que a concretização desta medida “será um avanço enorme” e irá incentivar a que mais gente possa utilizar os transportes públicos, ressalvando que esta medida terá de abranger toda a AML

“Atualmente é mais barato andar de transporte privado do que público”, lamentou.

De acordo com o novo Regime Jurídico do Serviço Público do Transporte de Passageiros (RJSPTP), são imputadas responsabilidades de “autoridades de transportes” aos municípios e às áreas metropolitanas, o que obrigará ao estabelecimento de uma rede articulada de transportes, ao nível dos itinerários, horários, interfaces, bilhética, fiscalização e monitorização, a partir de dezembro de 2019.

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