"Em breve divulgaremos mais informações", afirmou uma mensagem no Twitter do departamento, sem explicar os motivos do adiamento.
"Salvator Mundi", um retrato de Cristo cuja criação data cerca do ano 1500, foi adquirido em um leilão em novembro de 2017 em Nova York pela quantia recorde de 450 milhões de dólares (380 milhões de euros).
"Perdida e escondida durante muito tempo, a obra-prima de Leonardo da Vinci será o nosso presente ao mundo", declarou em junho Mohamed Khalifa al-Mubarak, presidente do departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi.
O Louvre Abu Dhabi anunciou na altura que o departamento de Cultura e Turismo tinha comprado a obra.
Em dezembro do ano passado, contudo, o jornal New York Times revelou que o comprador efetivo do quadro tinha sido o príncipe saudita Badr bin Abdallah.
Pouco depois, o Wall Street Journal informou que Badr bin Abdallah comprou o quadro obedecendo a ordens do príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman, que não confirmou nem desmentiu a notícia.
Construído ao fim de uma década de adiamentos na ilha de Saadiyat, ao largo da capital dos Emirados Árabes Unidos, o museu tornou-se um associado do Louvre de Paris a troco de 525 milhões de dólares ( aproximadamente 453 milhões de euros).
O acordo intergovernamental assinado com Paris, para além de assegurar a utilização do nome "Louvre" durante 30 anos e seis meses, firmou também a contratação de técnicos franceses para supervisionar 300 peças emprestadas, num negócio que custou aos cofres do país do Médio Oriente 750 milhões de dólares (aproximadamente 647 milhões de euros).
Segundo avança o Guardian, o The National, meio de comunicação dos Emirados Árabes Unidos, especula-se que o atraso poderá estender-se até novembro para o quadro ser revelado no dia 11 desse mês, data de aniversário do museu.
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