Luís Martins Amaro era diretor executivo do agrupamento de centros de saúde Almada-Seixal, sendo licenciado em enfermagem, mestre em economia e doutorado em sociologia económica e das organizações.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros de hoje, para vogais do conselho de administração do Hospital Garcia de Orta foram ainda nomeados Nuno Miguel da Silva Marques, Ana Sofia Freitas Monteiro Ferreira, Vera Sofia Pinheiro Branco de Almeida e Ana Paula Realista Carvalho Rodrigues.
A nomeação do novo conselho de administração do Garcia de Orta acontece por cessão do mandato da anterior administração, até agora liderada por Daniel Ferro.
O Garcia de Orta tem estado sob atenção mediática nos últimos dois meses devido à situação da urgência pediátrica, com vários alertas da Ordem dos Médicos e também dos sindicatos.
Na quarta-feira, em entrevista à agência Lusa, o bastonário dos Médicos anunciou que vai apresentar uma queixa à Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) sobre a situação da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, pedindo que se investigue a composição das equipas daquele serviço.
Miguel Guimarães insistiu que os médicos do Garcia de Orta “estão desesperados” com a falta de profissionais, situação que está a fazer com que não seja possível cobrir as necessidades da urgência pediátrica.
Já há dois meses que o bastonário vem a alertar para a falta de condições de segurança clínica adequadas naquela urgência e lembra que “está em causa a saúde das crianças” e a composição do serviço de urgência, “tal como estabelece a lei”.
A queixa à Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) visa, segundo o bastonário, que se “investigue o que está a acontecer na urgência pediátrica” do Garcia de Orta.
“Se devem estar três médicos de urgência e só está um médico, tem de se perceber porquê. E o conselho de administração tem de ser responsabilizado diretamente por isso”, argumentou Miguel Guimarães, frisando que é preciso atuar quando as escalas das equipas de urgência não são cumpridas.
O bastonário lamenta que os problemas sejam levantados sem que nada seja resolvido e entende que está na altura de começar a responsabilizar publicamente quem tem competências nas matérias da Saúde, como o Ministério, nomeadamente através das “instâncias competentes”, como a IGAS ou os tribunais.
Hoje, em Conselho de Ministros, o Governo nomeou ainda para o cargo de vice-presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde o economista Diogo Serras Lopes, que foi assessor económico do gabinete do primeiro-ministro, entre outras funções anterior, nomeadamente na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Este cargo é ocupado após a renúncia do anterior vice-presidente.
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