“Não vou estar a entrar em mais polémicas. Não tenho medo de nenhum debate com ninguém. Nós fomos convidados para 10 debates, aceitamos os 10 debates e o modelo de participação nos debates. Se houver alguma alteração temos de resolver”, afirmou Luis Montenegro, à margem da Conferência Fábrica 2030, organizada pelo jornal ECO, no Porto.
Questionado pelo diretor do jornal ECO sobre o assunto, Luís Montenegro afirmou que estava “combinado um determinado esquema para poder cumprir todos os momentos de esclarecimento subjacentes à realização dos debates, parece que as televisões desistiram da ideia que tinha sido combinado inicialmente”.
Já questionado pelos jornalistas à saída se aceitava a proposta de Pedro Nuno Santos, que hoje se mostrou disponível para mais um debate com o PSD, desde que participe Luis Montenegro, Nuno Melo e Gonçalo da Câmara Pereira, Montenegro não comentou.
Na quarta-feira, o Diário de Notícias noticiou que o PSD pretende que Luís Montenegro seja substituído pelo líder do CDS-PP, Nuno Melo, nos debates com a CDU, marcado para o próximo sábado, e com o Livre (agendado para 17 de fevereiro).
À Lusa, o diretor de campanha da AD, Pedro Esteves, referiu numa declaração escrita que “a Aliança Democrática e o seu líder não têm medo de debater com ninguém”.
No entanto, o diretor de campanha da AD disse que, “tal como acertado desde a primeira conversa com o representante dos canais de televisão, a coligação AD faz-se representar em todos os debates pelo presidente do PSD, com exceção daqueles que opõem a AD ao Livre e à CDU, onde a representação da coligação Aliança Democrática ficará a cargo do Presidente do CDS, à semelhança do que aconteceu em 2015”.
A RTP, a TVI e a SIC mostraram-se surpreendidas com a intenção da AD de substituir Luís Montenegro por Nuno Melo nos debates e garantem que modelo proposto se mantém “nos exatos termos”.
Foi com “alguma surpresa que as televisões tomaram nota da decisão da direção de campanha da AD. Não pomos em causa as motivações da AD nem as qualidades do líder do CDS. Mas não podemos colocar em risco todo este processo”, lê-se numa nota conjunta.
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