Em Brasília, Lula reiterou as suas críticas à gestão do Presidente Jair Bolsonaro, devido a uma inflação que já ultrapassa os dois dígitos e aos mais de 16 milhões de brasileiros que “passam fome”.

“Este país haverá de ter juízo para eleger alguém que respeite a democracia, que goste da democracia e que exercite a democracia nos seus atos quotidianos, seja quem quer que seja”, afirmou a jornalistas o ex-presidente.

“Alguém que tenha no mínimo sentimento, que tenha sentido humanista, que pense um pouco com o coração e pare de falar bobagem. Um Presidente não ganha eleição para falar bobagem, deveria fechar a boca e governar o país”, completou.

Lula também falou sobre o aumento do preço dos combustíveis e disse que Bolsonaro é “incompetente” para liderar o Brasil.

“Bolsonaro só esbraveja. Ele é totalmente incompetente para governar esse país. Ele não consegue controlar o preço da carne, não consegue controlar o preço da gasolina. (…) O aumento do preço do combustível significa que o Brasil está precisando de um novo Presidente”, avaliou Lula.

O antigo mandatário declarou que “não esperava ver o Brasil pior do que em 2003”, com “a fome voltando”.

“Senti tanto orgulho quando a ONU anunciou a saída do Brasil do mapa da fome. Tudo que conquistamos está sendo destruído. Não tem explicação para o desastre da economia brasileira está vivendo hoje”, criticou o histórico líder do Partido dos Trabalhadores (PT).

Apesar das críticas, o líder socialista deixou dúvidas se será candidato à presidência do Brasil no próximo ano.

“Vou decidir a minha candidatura no início do ano que vem”, garantiu.

O ex-presidente brasileiro esteve em Brasília, centro da política brasileira, à procura de alianças visando as presidenciais de 2022.

Para isso, o líder esquerdista realizou várias reuniões privadas com partidos de centro e direita e com organizações sociais.

Embora não tenha oficializado a sua candidatura para as eleições do próximo ano, Lula quer ter uma bancada forte e amistosa no Congresso com a qual possa contar caso seja eleito chefe de Estado.

“Tenho conversado com todas as forças políticas. Consertar esse país não é tarefa exclusiva de um único partido político. (…) A melhor carta que eu posso assinar ao povo brasileiro é lerem o que aconteceu com a economia brasileira enquanto fui Presidente. Eu não preciso prometer nada. O Brasil cumpriu meta de superávite primário todos os anos enquanto eu era Presidente”, disse Lula.

A um ano das presidenciais, Lula é o grande favorito à vitória e derrotaria Bolsonaro com 44% dos votos, quase o dobro do que o atual mandatário obteria (26%), segundo uma sondagem do Instituto Datafolha lançada em 17 de setembro.

A popularidade de Lula nas sondagens de intenção de voto coincide com as fortes críticas ao Governo de Bolsonaro, que tem 52% de desaprovação, o nível mais alto desde que assumiu o poder, em janeiro de 2019.

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