Uma tomografia realizada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, à cabeça do presidente, de 79 anos, revelou uma "importante reabsorção" do hematoma, informou a equipa médica em comunicado.

Isto indica uma "melhoria progressiva condizente com o excelente estado do presidente", acrescentaram.

Os médicos já tinham anunciado que Lula seria submetido a exames regulares após a sua hospitalização em São Paulo para uma cirurgia de emergência na noite de 9 para 10 de dezembro.

Esta operação intracraniana teve como objetivo a reabsorção de um hematoma causado por uma hemorragia relacionada com um acidente ocorrido em outubro, quando Lula bateu com a cabeça ao cair na casa de banho da sua residência oficial.

O presidente teve alta no dia 15 de dezembro e regressou a Brasília quatro dias depois, após uma primeira tomografia ter revelado um resultado "extremamente satisfatório".

"Neurologicamente [Lula] está perfeito (...)", assegurou na altura o seu médico pessoal, Roberto Kalil.

Desde que saiu do hospital, Lula tem usado um chapéu panamá em público para cobrir os pensos na cabeça após a operação.

Apareceu com o chapéu durante a sua mensagem televisiva na véspera de Natal, na qual afirmou estar "ainda mais forte" e manifestou a sua gratidão pela "corrente de solidariedade" e pelas "mensagens de carinho" que recebeu durante a sua hospitalização.

Segundo Kalil, Lula poderia ter enfrentado "o pior".

Este novo problema de saúde, somado a um cancro da laringe em 2011 e a uma operação à anca no ano passado, levanta dúvidas sobre a capacidade do presidente para empreender uma nova campanha eleitoral em 2026.