“O Brasil está preparado para voltar a ser um país grande, o Brasil está preparado para voltar a ser um país importante, o Brasil está preparado para voltar a ser um país atraente. O Brasil quer construir definitivamente políticas de parcerias, não queremos relações hegemónicas com ninguém, queremos construir parcerias”, afirmou o chefe de Estado brasileiro durante o Fórum Empresarial Portugal — Brasil, a decorrer em Matosinhos, no distrito do Porto.
Durante um discurso de mais de 20 minutos, onde na plateia estava o primeiro-ministro português, António Costa, Lula da Silva considerou que para que o Brasil volte a ter a importância que sempre teve o Presidente, os empresários, os pensadores, os deputados e os senadores precisam de viajar.
“Não podemos ficar trancados dentro de quatro chaves a achar que o mundo nos acha bonito e vai investir”, frisou.
O chefe de Estado ressalvou que o Brasil esteve “afastado do mundo” praticamente durante seis anos.
E acrescentou: “Durante seis anos o nosso país foi recusado por outros países e os outros países também recusaram o Brasil”.
De acordo com Lula da Silva, o Brasil não recebia nenhum Presidente e o Presidente, referindo-se ao seu antecessor Jair Bolsonaro, não viajava para nenhum país porque “ninguém tinha interesse em conversar com pessoas que não se comportavam de forma muito civilizada”.
Motivo pelo qual o Brasil ficou parado porque o Presidente não fez aquilo que qualquer Presidente tem de fazer, que é estabelecer relações e convencer os outros da importância e qualidade do Brasil, disse.
Mas, segundo Lula da Silva, para que o Presidente da República possa visitar outros países e atrair capital externo o Brasil tem de oferecer estabilidade social, política e jurídica porque, caso contrário, ninguém vai “colocar um centavo” no país.
E em termos de parcerias, o Presidente brasileiro destacou aquela com Portugal, apelando ao investimento de empresários portugueses.
“A parceria Brasil e Portugal é importante porque sempre se tratou Portugal como um país pequeno. Mas, nada melhor do que estabelecer uma relação com Portugal e, daqui de Portugal, se produzir produtos juntos e exporta-los para países europeus porque é muito mais fácil e simples”, frisou.
Neste momento, sublinhou, o Brasil está a recuperar todas as políticas que nos últimos anos foram “desmontadas”, nomeadamente as de inclusão social.
“A prioridade do meu governo é retomar o desenvolvimento da inclusão social no país de forma sustentável”, vincou.
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