“Prioridade a África, nesses países ainda pouco explorados” mas com grande potencial e com “vínculos com o Brasil, vínculos históricos e culturais”, resumiu, em conferência de imprensa no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o secretário de África e do Médio Oriente, Carlos Duarte.
Em 15 de fevereiro, Lula da Silva será recebido pelo Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, e visitará ainda a sede da Liga Árabe, no Cairo, num ano em que os dois países celebram aos 100 anos de relações diplomáticas.
“O Egito é um ator importante em todas as questões relativas ao Médio Oriente e teve papel relevante na repatriação de brasileiros que estavam em Gaza”, afirmou o diplomata.
A reabertura de rota aérea São Paulo-Cairo e o aumento do fluxo comercial, especialmente em produtos agroalimentares, serão temas em cima da mesa, detalhou Carlos Duarte, recordando que o Egito foi um dos países convidados a integrar o grupo BRICS, fundado pela Rússia, China, Índia e Brasil, e a participar nas reuniões do G20, a convite da presidência rotativa brasileira.
Já nos dias 17 e 18 de fevereiro, o chefe de Estado brasileiro estará em Adis Abeba para participar na reunião de chefes de Estado e de Governo da União Africana.
No seu discurso, Lula da Silva vai vincar as convergências que tem com o continente africano, esplanadas também nas prioridades da presidência brasileira no G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo.
As prioridades da presidência brasileira para o seu mandato à frente do G20 são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, nomeadamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que tem vindo a ser defendido por Lula da Silva desde que tomou posse como Presidente do Brasil, denunciando o défice de representatividade e legitimidade das principais organizações internacionais.
Estão previstas várias reuniões bilaterais, entre as quais com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e com o presidente da Autoridade Palestiniana.
Nestas duas reuniões bilaterais, o conflito em Gaza estará em cima da mesa, disse o diplomata brasileiro, frisando que o país voltará a reforçar e a necessidade que cessem as hostilidades, a imediata libertação dos reféns por parte do Hamas e ainda a defesa de um Estado palestiniano economicamente viável.
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