“Este 7 de setembro deveria ser um dia de amor e união para o Brasil, mas infelizmente não é que se passa”, escreveu Lula nas redes sociais, numa alusão ao que diz ser o “discurso de ódio” que atribui ao atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que também concorre às presidenciais e é o seu maior adversário político.
“Tenho fé que o Brasil vai reconquistar a sua bandeira, a sua soberania e a democracia”, acrescentou Lula, citado pela agência notícias espanhola Efe.
Nestas presidenciais brasileiras, Lula lidera uma frente de esquerda que pretende desalojar a direita liderada por Bolsonaro.
Brasília e o Rio de Janeiro acolhem hoje desfiles cívico-militares e manifestações de apoio ao Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, por ocasião do bicentenário da independência do Brasil, eventos que colocaram as duas cidades em estado de alerta de segurança.
A Força Nacional de Segurança Pública foi acionada para atuar em Brasília: “O emprego da Força Nacional, em caráter episódico e planeado, nas ações de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do património, na defesa dos bens e dos próprios da União, no interior do Palácio da Justiça”, lê-se num texto divulgado no Diário da União.
Espera-se cerca de 280 mil participantes no desfile oficial em Brasília que terão de passar por revista, estando proibidos vários itens como armas, mastros de bandeira, vidros, sprays e apontadores de laser, entre outros.
Atiradores especiais e equipas anti-bombas estarão no local e as forças de segurança vão monitorizar as estradas que dão acesso à capital do país. A Cavalaria, o Batalhão de Policiamento com Cães e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) também estarão presentes.
A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que concentra as sedes dos três poderes no Brasil, para onde está marcado o desfile oficial do Exército Brasileiro, foi encerrada ao trânsito na segunda-feira à noite para bloquear o caminho aos camiões dos apoiantes de Bolsonaro que queriam estacionar perto dos locais de poder.
Os países lusófonos marcaram presença no desfile na capital brasileira, com Portugal a ser representado pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo presidente da Assembleia da República portuguesa, Augusto Santos Silva, estando igualmente presentes os chefes de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, e da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, além de representantes dos restantes países de língua oficial portuguesa.
Também o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, participa nas comemorações.
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