“Percebemos o sentimento das pessoas de quererem voltar a Macau”, mas tem de se fazer uma avaliação do risco para Macau, afirmou a coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância da Doença, Leong Iek Hou, em conferência de imprensa.
As autoridades estão a ponderar, desde há uns dias, a retirada através de um voo charter dos 145 residentes de Macau.
Contudo, explicou Leong Iek Hou, este processo exige muito planeamento e certas condições, até porque as 145 pessoas estão espalhadas um pouco por toda a província de Hubei, cuja área é de mais de 185 mil quilómetros quadrados.
Os recursos humanos, como médicos e outros funcionários de saúde, que este plano exigiria também têm de ser incluídos na tomada de decisão, frisou.
“Talvez seja melhor fazerem quarentena” no local onde estão, afirmou a responsável, referindo-se aos residentes que estão em Hubei.
A cidade chinesa de Wuhan, capital de Hubei, foco do coronavírus Covid-19 e em quarentena há um mês, deu como “inválido” o anúncio feito esta manhã de que ia autorizar não residentes a partir gradualmente.
O Governo local reverteu, num segundo comunicado, o anúncio de que não residentes sem sintomas de contaminação pelo Covid-19 e que não tivessem tido contacto com portadores do vírus poderiam submeter um pedido para deixar a cidade.
Wuhan e várias outras cidades próximas estão em quarentena desde 23 de janeiro passado, numa medida que afeta cerca de 60 milhões de pessoas.
A província de Hubei, da qual Wuhan é a capital, soma a grande maioria das mortes e casos de infeção pelo Covid-19, que, no total, matou já 2.592 pessoas e infetou outras 77.150 na China continental.
O número de infetados com o coronavírus Covid-19 em Macau desceu na quarta-feira para quatro após uma nova alta hospitalar anunciada pelos Serviços de Saúde locais, em conferência de imprensa.
Dos 10 casos registados em Macau, este é o sexto paciente a receber alta, continuando internadas quatro pessoas.
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