Às 11:00, o Mangkhut, agora considerado pelos SMG um tufão severo devido a um ligeiro enfraquecimento, encontrava-se a 160 quilómetros de Macau, prevendo-se que esteja no seu ponto mais próximo do território, a 70 quilómetros de distância, pelas 12:00 (05:00 em Lisboa).
Os mesmos serviços preveem, nas próximas horas, inundações graves nas zonas baixas, chuvas fortes e ventos que podem superar os 118 quilómetros por hora.
O alerta vermelho de “storm surge” (maré de tempestade) continua em vigor e a subida do nível da água pode atingir os 2,5 metros, indicaram.
A tempestade tropical, que passou primeiro nas Filipinas, causou 25 mortos nesses país e um em Taiwan, de acordo com o último balanço das autoridades.
Em Macau, o centro de operações da Protecção Civil dá conta de 26 incidentes, entre quedas de árvores, de andaimes e janelas.
Depois de ter sido hasteado o sinal 9, às 09:00 (02:00 em Lisboa), o tabuleiro inferior da Ponte Sai Van, a última ligação possível entre a península de Macau e a Taipa, foi encerrado. Assim, as três pontes (Nobre de Carvalho, Amizade, Flor de Lótus e Sai Van) estão intransitáveis.
De igual modo, foram encerrados os 15 autossilos das zonas baixas, informou ao início da manhã a Direção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT).
Perto de seis mil pessoas já foram retiradas das suas casas, no seguimento do plano de evacuação das zonas baixas da cidade, efetuado a partir das 21:00 de sábado.
De acordo com as últimas informações do Instituto de Ação Social (IAS), 777 pessoas recorreram até às 08:30 (01:30 em Lisboa) aos 16 centros de abrigo com espaço para mais de 24 mil pessoas.
Por outro lado, o Corpo de Polícia de Segurança Pública dá conta de 27 infrações cometidas por taxistas, entre as quais 15 de cobrança excessiva de tarifa.
Mais de 170 voos foram cancelados entre hoje e segunda-feira, mas a Proteção Civil refere uma “atividade normal” no aeroporto de Macau, com poucas pessoas retidas nas instalações.
No sábado à noite, o chefe do Executivo agradeceu às seis operadoras de jogo a suspensão do funcionamento dos casinos para assegurar a segurança de trabalhadores e visitantes, uma decisão que “considerou muito rara e de extrema importância”, segundo um comunicado.
De acordo com a imprensa local, todos os casinos encerraram as atividades a partir das 23:00 de sábado.
Esta é a terceira vez que as autoridades içam o sinal máximo de tempestade tropical em 19 anos. A 23 de agosto do ano passado, O Hato, o pior dos últimos 53 anos a atingir Macau, causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em 1,3 mil milhões de euros.
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