Ao discursar no plenário desta reunião, designada UNEA-4, que decorre em Nairobi, Macron instou todos os dirigentes do planeta a assinar um acordo para o ambiente, para “passar à ação, uma ação em que devem estar todos, governantes, sociedade civil, empresários e organizações não-governamentais”.

No seu discurso, feito numa sala cheia do complexo da ONU, no bairro de Gigiri, no norte da capital do Quénia, Macron realçou: “Não podemos ficar por acordos de palavras. Temos de agir”.

E insistiu: “Não podemos dizer que a nossa geração não sabia as consequências da destruição da natureza, da biodiversidade e dos ecossistemas”.

Na sua opinião, ter-se-á de encontrar “um pacto que cumpra juridicamente, que seja uma declaração não apenas de palavra, mas um compromisso sério, com prazos para cumprir, porque a biosfera e a humanidade não podem esperar”.

Macron reforçou a sua posição, dizendo: “Temos os relatórios científicos e sabemos o que está a acontecer, mobilizámo-nos, mas não estamos a fazer o suficiente, temos de passar à ação”.

O presidente francês foi criticado hoje por várias organizações ecologistas do seu país, que o acusam de não cumprir os acordos de combate às alterações climáticas.

“Temos de definir o trabalho e completá-lo para realizar a mobilização”, sustentou de forma enérgica, garantindo que “não se deve baixar a guarda na redução de emissões”, mas encontrar “soluções concretas” com a mobilização de todos os setores sociais e apresentar resultados na próxima conferência da ONU sobre as alterações climáticas, a COP 25, que se realiza no Chile, no final do ano.

“Bem-vindos à limpeza geral”, afirmou o presidente francês, que exigiu “a implicação de todos para reduzir emissões e conseguir uma transformação geral, com financiamento geral e massivo”.

A França vai acolher este ano a cimeira do grupo das sete economias mais industrializadas, o designado G-7, em que se vão definir ações para o financiamento da luta contras as alterações climáticas, “com medidas concretas e eficazes”, adiantou Macron.