Numa entrevista publicada hoje em vários jornais do noroeste de Paris como o L’Union e o L’Este Republicain, o chefe de Estado diz que entende o descontentamento dos franceses sobre o impacto das medidas que afetam o poder de compra.
No princípio do ano o preço dos combustíveis aumentou sendo que vai conhecer um novo aumento no princípio de 2019.
Na entrevista, Macron anuncia que pediu ao governo para estudar formas de ajuda as entidades que não podem prescindir do automóvel referindo-se que já foi posto em marcha um projeto na região de Hauts de France para pessoas que são obrigadas a percorrer por estrada mais de 30 quilómetros por dia entre a residência e o local de trabalho.
Na entrevista sobre a deslocação que Macron está a realizar a vários pontos históricos da Grande Guerra (1914-1918) no noroeste de França, o presidente francês foi confrontado com questões da atualidade tal como o aumento dos impostos sobre os preços do gasóleo e da gasolina.
“Assumo que o aumento dos impostos sobre o diesel vai ficar ao mesmo nível da gasolina e prefiro que se venha a taxar o carburante do que o trabalho”, afirmou assinalando que os preços nos postos de abastecimento ficam a dever-se “ao aumento de 70% do petróleo nos mercados mundiais”.
Macron afirma também que as mesmas pessoas que se queixam do aumento do preço dos combustíveis são as “mesmas que defendem a luta contra a contaminação atmosférica”.
O presidente francês admite que se “entenda mal” o aumento dos impostos, em particular sobre o diesel – por motivos de saúde – quando durante vários anos se verificaram apelos no sentido do consumo do gasóleo.
De acordo com uma sondagem publicada na semana passada, 76% dos franceses encaram de forma negativa o imposto sobre os carburantes.
Está previsto um protesto de automobilistas, para o dia 17 de novembro, que está a ser organizado através de mensagens publicadas nas redes sociais.
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