Numa conversa telefónica, “o Presidente francês expressou a sua preocupação pela possibilidade de os Estados Unidos reconhecerem unilateralmente Jerusalém como capital do Estado de Israel”, segundo Macron.
O chefe de Estado francês “recordou que a questão do estatuto de Jerusalém terá de ser resolvida no âmbito das negociações de paz entre israelitas e palestinianos, visando, nomeadamente, o estabelecimento de dois Estados que vivem lado a lado em paz e segurança com Jerusalém como capital”.
Recentemente, segundo o vice-presidente norte-americano, o presidente dos EUA admitiu transferir a embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém apesar de, a 07 de outubro, ter garantido o contrário.
Em 07 de outubro, Donald Trump indicou que, ao contrário de uma das suas promessas de campanha, a embaixada norte-americana em Israel não seria deslocada de Telavive para Jerusalém antes de tentar relançar o processo de paz israelo-palestiniano.
No início de junho, a Casa Branca anunciou que Donald Trump tinha finalmente decidido adiar a sua decisão, pelo menos durante seis meses.
Este ‘dossier’ foi, entretanto, atribuído ao seu genro Jared Kushner, de origem judaica e encarregado pelo Presidente de relançar o processo de paz, bloqueado desde a primavera de 2014.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da sua parte oriental conquistada em 1967, e a generalidade das embaixadas estrangeiras permanecem instaladas em Telavive.
Israel considera a Cidade santa a sua capital “eterna e reunificada”, mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.
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