O alvo da raiva dos manifestantes, o presidente Emmanuel Macron, quebrou o silêncio para colocar um 'post' na sua página na rede social Twitter a elogiar o trabalho da polícia durante este sábado enquanto a pressão continua a aumentar para que avance com soluções para acalmar a raiva que divide a França.
"A todas as forças de ordem mobilizadas hoje [sábado], obrigado pela coragem e pelo profissionalismo excepcional que demonstraram", escreveu no Twitter.
Macron que já prometeu "anúncios importantes" à nação francesa, esta semana, de acordo com a informação divulgada por um porta-voz do Eliseu. Sem mais detalhes sobre como e quando, em declarações à televisão LC, Benjamin Griveaux, informou que "o presidente fará anúncios importantes".
A França mobilizou cerca de 90.000 polícias para a quarta manifestação dos designados "coletes amarelos", que saíram à rua com uma série de exigências relacionadas com o alto custo de vida e uma sensação de que Macron favorece a elite e está a tentar modernizar a economia francesa com muita rapidez.
Cerca de 1.220 pessoas foram detidas em toda a França, informou hoje o Ministério do Interior.
Foram registados violentos confrontos em Paris e em outras cidades, como Marselha (sul), Saint-Etienne (centro) e Bordeaux (sudoeste).
Em Paris, os confrontos foram menos violentos do que no 1º de dezembro, relatou o Ministério do Interior citado pela AFP. No entanto a prefeitura de Paris anunciou que este sábado (8) houve mais danos materiais do que no fim de semana anterior. Os incidentes não se concentraram apenas na região da Champs-Élysée, tendo afetado outros bairros, acrescentou a mesma fonte.
Encerrados este sábado, a Torre Eiffel e o Museu do Louvre reabriram hoje; as lojas também abriram portas, depois do fecho no auge da temporada de compras natalícias.
Fortes ventos e chuva castigaram Paris durante a noite, complicando os esforços para limpar os destroços deixados nas ruas da cidade.
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