Em conferência de imprensa, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, fez um balanço sobre o incêndio na região.
“A floresta laurissilva, apesar da dimensão destes incêndios, não foi afetada na sua integridade natural enquanto património da UNESCO”, começou por garantir o governante.
De seguida destacou a estratégia no combate ao fogo. “Até agora, a estratégia adotada pela Proteção Civil”, focada em proteger núcleos urbanos e infraestruturas públicas, “revelou-se mais uma vez a mais acertada face à complexidade deste incêndio. Tecnicamente, as decisões foram as adequadas e as mais corretas”, sublinhou depois de dias a receber críticas.
Apesar de haver ainda algum potencial foco para reacendimento, o incêndio está agora “praticamente dominado”, sendo que a Proteção Civil conta que venha a estar extinto durante o dia de hoje. "Neste momento não há qualquer foco de incêndio", segundo Miguel Albuquerque.
O presidente salientou ainda “o papel dos meios aéreos” nomeadamente do helicóptero que atuava desde 14 de agosto e dos Canadairs, mais recentemente.
Agradeceu ainda a “compreensão” dos madeirenses pelos “incómodos e inconvenientes” causados pelo incêndio e elogiou o cumprimento das regras, sobretudo nos casos de evacuação. Avançou ainda que a maior parte das pessoas já voltou a casa.
Pediu também que se mantenha a confiança nas autoridades que combateram o fogo. “Os fogos desta complexidade não se combatem nem com achismos, nem com voluntarismos, nem de improviso. Combatem-se com conhecimento técnico do terreno, com rigor técnico e sentido de planeamento e uso rigoroso dos recursos e meios face aos cenários de ameaça”, destaca.
Recorde-se que este incêndio deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.
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