"É preciso acarinhar as pequenas e médias empresas que existem na região e as microempresas, e a forma de fazer isto é dar incentivos fiscais para essas empresas", afirmou Isabel Welsh, terceira na lista do Chega, durante uma ação de campanha no Caniçal, concelho de Machico, zona leste da ilha da Madeira, onde está instalada a zona franca.

Isabel Welsh alertou para a necessidade "urgente" de pensar a economia regional, considerando que é "preocupante" o facto de estar "muito alavancada" no turismo.

"O turismo é uma fonte de receita superimportante, mas é absolutamente essencial ver que tipo de turismo é que queremos atrair para esta ilha, porque quantidade e qualidade não andam de mãos dadas", afirmou.

A candidatura do Chega, encabeçada por Miguel Teixeira, defende, por isso, que as condições fiscais da zona franca deveriam ser "extensíveis ao restante território da Madeira", por forma a estimular as micro, pequenas e médias empresas, que constituem o "sustento" do país e da região autónoma.

"Precisamos absolutamente de motivar o crescimento das empresas e que esse crescimento não esteja encostado ao poder político, porque isso dá cabo do país e dá cabo da democracia", disse Isabel Welsh.

A candidata criticou, por outro lado, o abandono verificado ao nível dos parques industriais construídos pelo Governo Regional em vários concelhos e apelou à criação de benefícios fiscais para atrair as empresas.

As eleições regionais legislativas da Madeira decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.