"Trata-se de uma zona tampão, de barreira à propagação do fogo", disse Susana Prada na apresentação do projeto, explicando que o objetivo é "diminuir o risco de incêndios" e "aumentar a segurança das populações".
O projeto, cuja primeira fase será implementada já no decurso deste ano, implica a retirada da atual vegetação, composta essencialmente por eucaliptos e acácias, e a sua substituição por árvores folhosas pouco combustíveis, como carvalhos, castanheiros e indígenas (entre as quais loureiros, faias e uveiras).
Simultaneamente, será criada uma nova rede viária florestal.
"A faixa será criada no Caminho dos Pretos, entre o Terreiro da Luta e o Palheiro Ferreiro, uma zona frequentemente afetada por incêndios", vincou Susana Prada, realçando que a área em causa tem 420 hectares, sendo que a atual vegetação, constituída por plantas "altamente combustíveis", será retirada gradualmente.
O projeto implica também a construção de um tanque com capacidade 1.500 metros cúbicos de água e instalação uma rede de bocas de incêndio ao longo da estrada, numa extensão de 11 quilómetros, que servirão para fornecer água aos bombeiros em combate aos incêndios na zona.
"Desta forma, criamos uma barreira que impeça a passagem do fogo, facilitando o combate aos incêndios por parte dos bombeiros e evitando incêndios de grande dimensão e intensidade", afirmou Susana Prada, sublinhando que o Governo Regional vai candidatar o projeto a apoios da União Europeia, através do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODERAM 2020).
Em agosto de 2016, a Madeira foi devastada por incêndios de grandes dimensões que provocaram três mortos e prejuízos materiais avaliados em 157 milhões de euros.
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