![Maduro diz que o chavismo está mais forte do que nunca](/assets/img/blank.png)
“A direita extremista e fascista da Venezuela está ‘nocauteada’ [sofreu golpe decisivo, ‘knockout’, em inglês], derrotada, dividida e desmoronada. O chavismo, por outro lado, está mais robusto, unido, poderoso e continuamos a marchar para o futuro”, afirmou numa mensagem em vídeo divulgada na plataforma Telegram.
No mesmo vídeo Nicolás Maduro afirmou ainda que o chavismo gosta de “manter os pés no chão” e que está “nas ruas, nos bairros, no território, com as pessoas, com a classe trabalhadora, com os estudantes e empresários, com as mulheres, os jovens e as comunas”.
Também referiu que o chavismo “está mais robusto, mais unido, mais poderoso, mais organizado, mais determinado, com um plano, com iniciativa, com estratégia, caminhando em frente, a avançar, mobilizado”.
“Puseram-nos todas as provas, lançaram-nos mísseis, atacaram-nos, ameaçaram-nos, perseguiram-nos. E aqui estamos nós, de pé, a sorrir e prontos para continuar a construir e a avançar”, sublinha.
A afirmação do Presidente Nicolás Maduro tem lugar depois de no sábado a imprensa venezuelana dar conta de que a líder opositora Maria Corina Machado gravou uma mensagem pedindo apoio internacional para “afastar o regime” do poder.
A mensagem foi divulgada numa cimeira em Madrid, durante a qual a opositora agradeceu o apoio do partido de ultradireita Patriots na “luta pela liberdade” na Venezuela.
Em 03 de fevereiro, Maria Corina Machado disse, durante um encontro virtual com jornalistas que contava com o apoio dos EUA para afastar Nicolás Maduro do poder.
“Esta administração [de Donald Trump] tem 13 dias e tem feito enormes referências à situação venezuelana, (…) incluindo o próprio Presidente Trump tem sido muito claro ao dizer que não há negociação. Maduro poderá dizer o que quiser para os seus grupos internos que se estão a matar entre si [uns aos outros]”, disse.
A opositora sublinhou que “a Venezuela é uma ameaça à segurança hemisférica e à segurança nacional dos Estados Unidos” e que “isso está absolutamente claro nesta administração [de Donald Trump]”.
Segundo Maria Corina a oposição venezuelana está agora na quarta fase da sua estratégia para chegar ao poder.
“A quarta fase é a do desalojamento da tirania (…), é isso que está a faltar e é nisso que estamos a trabalhar”, disse, referindo a necessidade de acordos com os EUA e com outros governos da América Latina e da Europa.
Nicolás Maduro foi empossado a 10 de janeiro no parlamento como Presidente da Venezuela para um terceiro mandato (2025-2031), depois de ter sido declarado vencedor das eleições de 28 de julho pelo CNE, mas até agora não são conhecidos os resultados por centro de votação e por mesa de voto, tal como estabelecido pelo próprio organismo eleitoral.
A oposição maioritária na Venezuela, agrupada na Plataforma Democrática Unida, afirma ter recolhido “85% dos registos eleitorais”, publicados num ‘site’, como prova da vitória de González Urrutia, apesar de o regime os classificar como “falsos”.
O anúncio dos resultados foi objeto de protestos nas ruas, fortemente reprimidos pelas forças de segurança, violência que resultou em 27 mortos e 192 feridos, tendo as autoridades venezuelanas detido mais de 2.400 pessoas, segundo dados oficiais.
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