Mais de 144 mil pessoas atravessaram na terça-feira o posto fronteiriço na cidade chinesa de Zhuhai, o número mais elevado desde que a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau foi inaugurada em 2018, noticiou a imprensa chinesa.
O anterior recorde tinha sido fixado um dia antes, na segunda-feira, quando mais de 130 mil pessoas atravessaram a ponte, batendo o máximo de 115 mil alcançado durante a chamada ‘semana dourada’ do Dia Nacional da China, 01 de outubro de 2023.
Na terça-feira, o quarto dia dos feriados do Ano Novo Lunar na China, a ponte que liga as duas regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong registou também um máximo histórico no número de veículos, cerca de 18 mil.
O período do Ano Novo Lunar, o maior movimento de massas do mundo, é a principal festa tradicional das famílias chinesas e acontece em janeiro ou fevereiro, consoante o calendário lunar. Este ano, celebrou-se a 10 de fevereiro.
De acordo com o portal de notícias financeiras chinês Yicai, entre sábado e segunda-feira, o posto fronteiriço de Zhuhai registou cerca de 310 mil passageiros, cinco vezes mais do que no mesmo período de 2023, e 41 mil veículos, ou duas vezes mais.
Mais de 20% dos turistas que entraram em Macau nos primeiros cinco dias da ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar vieram através da ponte, de acordo com dados oficiais da Polícia de Segurança Pública (PSP) da região chinesa.
A construção da ponte arrancou em 2009, mas foi afetada por atrasos, a morte de mais de 20 trabalhadores e derrapagens orçamentais. O custo final da infraestrutura está estimado em 16,4 mil milhões de dólares, mais 25% do que o inicialmente previsto.
A ponte tem uma extensão de cerca de 55 quilómetros, que incluem um túnel subterrâneo de quase sete quilómetros entre duas ilhas artificiais para facilitar a navegação no delta do Rio das Pérolas.
A infraestrutura, que reduziu em cerca de metade o tempo de viagem entre Macau e Hong Kong, foi apontada pelo Governo da China como um importante símbolo da política de integração da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
O produto interno bruto da área que compõe a Grande Baía, cuja população é de cerca de 70 milhões de habitantes, supera os 1,5 biliões de dólares, maior que as economias da Austrália, Indonésia ou México, países que integram o G20.
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