Segundo o estudo, 58% dos americanos estão de acordo com a reaproximação, contra apenas 25% que são contrários, um resultado virtualmente idêntico ao obtido por uma sondagem parecida feita em julho do ano passado, quando os dois países reabriram as suas embaixadas.

Esta tendência é mais marcada entre os eleitores do Partido Democrata (69%) e entre os eleitores que se declaram independentes (57%). Mas entre os eleitores do conservador Partido Republicano, cujos líderes criticam a política de Obama em relação a Cuba, 44% também estão de acordo com o retomar das relações.

Uma maioria dos americanos, 52%, também concorda com a forma como Obama conduz essa delicada aproximação. Em dezembro de 2014, quando Washington e Havana anunciaram o início da aproximação, essa percentagem era de 44%.

Segundo o estudo, a maioria dos americanos deseja o fim do embargo económico imposto por Washington a Cuba há meio século. Nos 55% favoráveis ao fim do embargo, a tendência é de novo mais evidente entre os democratas (64%) e os independentes (56%). Os republicanos estão mais divididos, apesar de a percentagem dos que desejam o fim do embargo (43%) ser maior que a dos que desejam a sua continuidade (38%), com 19% que não têm uma opinião definida.

Um outro dado: 62% dos que foram interrogados acham que o restabelecimento das relações com Cuba será bom para os Estados Unidos, e 40% esperam que leve a reformas no sistema político cubano. No entanto, 69% dos americanos querem o fim dos privilégios migratórios para os cubanos, para que sejam tratados como todos os imigrantes que chegam ao país.

Em compensação, a sondagem mostra de 52% dos americanos são contra o fecho da prisão de Guantánamo, contra apenas 38% que preferiam pôr-lhe fim.