Segundo anunciou a união de sindicatos que mantém há meses um ‘braço de ferro’ com o Governo sobre a lei que visa aumentar a idade da reforma para os 64 anos, já promulgada pelo Presidente Emmanuel Macron, os franceses vão sair à rua “com um espírito de vingança” para uma “mobilização histórica”.
Sem grande expectativa sobre um recuo presidencial na reforma do sistema de pensões, este protesto acontece dois dias antes do Conselho Constitucional avaliar um segundo pedido de referendo de iniciativa partilhada sobre esta lei.
Esta é a primeira vez em muitos anos que todos os sindicatos franceses fizeram um apelo coletivo para a manifestação, estando previstas manifestações um pouco por toda a França.
As autoridades, que preparam o dispositivo de segurança dos protestos, preveem que estarão nas ruas de Paris cerca de 100 mil pessoas. De forma a prevenir a violência e os incêndios verificados nas últimas semanas à margem dos protestos, a Polícia Nacional vai destacar 12 mil efetivos para as manifestações e cerca de 5.000 vão estar em Paris.
Entre os manifestantes, as autoridades dizem que podem estar entre 1.000 e 2.000 elementos violentos como membros dos ‘black blocs’, que podem tentar perturbar a celebração do Dia do Trabalhador. Os estabelecimentos comerciais à volta das ruas por onde vão passar os cortejos foram aconselhados a manterem-se fechados, para não sofrerem qualquer tipo de destruição.
De forma a manter a pressão política nos próximos dias, os sindicatos do setor da energia preparam protestos que podem levar a cortes de luz em algumas zonas.
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