Os departamentos de socorro às inundações e à seca de Jiangxi registaram o desmoronamento de casas pertencentes a 43 famílias e a inundação de mais de 160.000 hectares de terras agrícolas, informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
As perdas económicas diretas foram estimadas em 1,86 mil milhões de yuan (236 milhões de euros).
As autoridades ativaram a resposta de emergência de nível IV e o governo central enviou uma equipa para orientar e ajudar as administrações locais nos esforços de socorro para assegurar as necessidades básicas dos residentes afetados.
A persistência de fortes chuvas fez com que os níveis de água no curso médio e inferior do Yangtsé, o rio mais longo da China e o terceiro mais longo do mundo, bem como nos lagos Poyang e Dongting, continuassem a subir.
O Ministério da Gestão de Emergências da China avançou esta semana que o país enfrenta um risco acrescido de catástrofes naturais neste mês e uma “situação grave e complexa” ao entrar no período das cheias.
As zonas de leste, centro, sudoeste e noroeste do país poderão enfrentar risco elevado de catástrofes geológicas, enquanto nas regiões do norte e nordeste de Heilongjiang e da Mongólia Interior, a possibilidade de incêndios florestais será elevada.
Em algumas zonas do sudeste, do centro-sul e do sul da China poderão ocorrer secas, alertou a instituição.
Nas últimas semanas, fortes chuvas causaram a retirada de centenas de milhares de pessoas em províncias como Anhui (leste) e Guangdong (sudeste).
Nos últimos verões, as catástrofes meteorológicas causaram grandes estragos no país asiático: o verão do ano passado foi marcado por inundações com mais de 30 mortos em Pequim, enquanto em 2022 várias ondas de calor extremo e secas atingiram o centro e o leste da China.
Em julho de 2021, chuvas de intensidade inédita em décadas causaram cerca de 400 mortos na província de Henan, no centro do país, num desastre que o Governo chinês atribuiu a uma “falta de preparação e de perceção dos riscos” por parte das autoridades locais.
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