Em declarações à agência Lusa, a bióloga marinha da Fundação Maio Biodiversidade (FMB) Sara Ratão informou que as 26 baleias-piloto, uma espécie semelhante aos golfinhos, deram à costa na quarta-feira à tarde, em Porto Cais e Praia Farol, no norte da ilha.

A bióloga explicou que a fundação recebeu o alerta ao fim do dia, tendo deslocado equipas para o local, onde encontraram as baleias já mortas.

A responsável adiantou que, como já estava escuro, só hoje de manhã os técnicos regressaram para recolher amostras e fazer medições aos cetáceos.

Sara Ratão indicou que as baleias são na sua maioria adultas, com cinco metros de comprimento máximo, havendo ainda uma cria.

A bióloga avançou que as baleias serão enterradas de imediato nas imediações para evitar que sejam consumidas pelas pessoas.

A Fundação Maio Biodiversidade, criada em 2010, tem como finalidade proteger a fauna e a flora da ilha e criar oportunidades e benefícios a longo prazo para a população local.

Esta não é a primeira vez que este fenómeno acontece na ilha do Maio, bem como em outras partes do arquipélago, sobretudo nesta época do ano.

Questionado sobre as possíveis causas de mais este desastre ambiental, a bióloga marinha disse que ainda são desconhecidas, mas apontou algumas que são normalmente referidas em casos semelhantes, como as migrações ou o encalhe do líder do grupo, que leva os outros atrás.

Sara Ratão disse que é difícil evitar o encalhe de baleias nas praias cabo-verdianas, mas pediu às pessoas que contactem de imediato às instituições locais quanto tal acontecer.

Além dos técnicos da FMB, estiveram no local os bombeiros municipais, representantes da Agência Marítima e Portuária (AMP), do Ministério da Agricultura e Ambiente e muitos curiosos.

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