Após os confrontos, o Estado judeu anunciou ter realizado ataques aéreos contra “quatro locais de fabrico e armazenamento de armas pertencentes à organização terrorista Hamas”, o movimento dominante em Gaza.
De acordo com o exército e testemunhas, soldados israelitas abriram fogo contra jovens manifestantes que lançavam dispositivos incendiários e tentavam escalar a barreira israelita, quando faz três meses após a entrada em vigor do cessar-fogo, que encerrou uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas.
“Quarenta e um civis ficaram feridos”, incluindo uma criança de 13 anos que está em estado crítico após levar um tiro na cabeça, disse o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado.
Segundo o Hamas, “milhares” de pessoas participaram dos protestos.
Por sua vez, a polícia de fronteira relata que um militar foi “gravemente ferido” por tiros, que o seu estado “é crítico” e a sua vida “está em perigo”.
O exército israelita, segundo a AFP, registou “várias centenas de manifestantes” a tentarem furar a cerca fortificada da fronteira e atirado “projéteis explosivos” contra os soldados israelitas, que usaram gás lacrimogéneo para “responder por meio de dispersão antimotim, incluindo, se necessário, com munição real”.
O ministro da Defesa israelita, Benny Gantz, em declarações divulgadas na televisão, classificou os “eventos extremamente sérios”, anunciando que “darão origem a uma resposta”.
O Ministério da Saúde gerido pelo Hamas em Gaza disse, no sábado, que 24 palestinianos foram feridos pelo fogo israelita, dos quais dois, incluindo um rapaz de 13 anos, estavam em estado crítico.
Israel e o Hamas já lutaram em quatro guerras, desde que o grupo islâmico tomou o controlo de Gaza em 2007, um ano depois de ganhar as eleições palestinianas.
A guerra mais recente, em maio, terminou com um cessar-fogo inconclusivo após 11 dias de combates.
Nas últimas semanas, tem aumentado a tensão na região, com o Hamas a pedir a Israel que alivie o bloqueio a Gaza, o qual limita a circulação de pessoas e bens, dentro e fora do território.
Israel tem imposto o bloqueio com a ajuda egípcia, desde 2007, defendendo ser necessário para impedir o armamento do Hamas.
Comentários