Segundo o governante, que falava em conferência de imprensa no Palácio Nacional, a situação deve-se ao “aumento do confronto entre grupos criminosos em diversas regiões do país”.
Encinas precisou que no período de 2006 a dezembro de 2020 foram registadas 80.517 queixas sobre pessoas desaparecidas ou não localizadas no México, adiantando que até hoje o número já aumentou para as 82.888.
No entanto, o subsecretário mexicano assinalou que em 2020 se registou uma diminuição de 22,39% no número de queixas de desaparecimentos em relação a 2019.
Entre 01 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2020, as autoridades mexicanas receberam 37.807 participações sobre pessoas desaparecidas, 56,4% das quais foram localizadas, a maioria com vida, disse Encinas, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Notou ainda que “em 2020 se registou uma diminuição de 33% no número de valas comuns encontradas e uma redução de quase 18% nos corpos recuperados”.
O responsável considerou também que tem melhorado o trabalho das procuradorias dos estados na “identificação e devolução dos corpos recuperados às famílias”.
Encinas afirmou que o fenómeno dos desaparecimentos se agravou depois de 2006, quando se iniciou a designada “guerra contra o narcotráfico”, durante o governo do presidente Felipe Calderón (2006-2012), cuja política, adiantou, registou erros, mas também “abusos e omissões”.
A ministra da Governação (com funções ligadas à segurança pública), Olga Sánchez Cordero, disse que nos últimos dois anos a prioridade do governo federal tem sido encontrar os desaparecidos, que considerou um dano irreparável para os seus entes queridos e a sociedade.
“Nada do que fizermos será suficiente, mas tentaremos tudo para que nenhum crime fique impune”, declarou, considerando que os desaparecidos têm o direito de serem procurados.
“É um direito humano (…) que o Estado tem a obrigação de garantir”, afirmou Olga Sánchez Cordero.
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