Segundo uma nota da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que encomendou o estudo ao Instituto MDA, 36,7% dos entrevistados avaliaram negativamente o executivo, 36,1% consideram que a avaliação é regular e 12,6% não souberam opinar.

Os resultados “mostram manutenção da avaliação positiva e aumento da avaliação negativa do governo Michel Temer”, lê-se no comunicado.

Já a aprovação do desempenho pessoal do Presidente atingiu os 31,7%, além de 16,9% dos inquiridos que não souberam dar opinião.

O levantamento mostrou também que o número de pessoas que consideram que o atual Governo é melhor do que o liderado por Dilma Rousseff, afastada definitivamente do cargo a 31 de agosto, aumentou de 20,1% para 26% entre junho e outubro.

Para 40,5% dos entrevistados, não se veem mudanças no país, enquanto 28,1% entendem que a situação piorou (em junho eram 14,9%).

“Sobre a corrupção, 40,8% consideram que será igual nos governos Temer e Dilma. 31,9% acredita que será menor no governo Temer e 22,7% consideram que será maior”, informou a CNT.

Relativamente às eleições presidenciais de 2018, a pesquisa mostrou que o ex-Presidente Lula da Silva, arguido na Operação Lava Jato, que investiga o maior esquema de corrupção da história brasileira, aparece como líder nas intenções de voto para a primeira volta.

Contudo, nos cenários apresentados para a segunda volta, o ex-Presidente aparece em desvantagem relativamente a Aécio Neves – do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e grande derrotado nas presidenciais de 2014 – e Marina Silva (Rede).

Quanto à Lava Jato, dos entrevistados que acompanham o assunto, “63,3% consideram que a ex-Presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção que está a ser investigada e 72,7% acham que o ex-Presidente Lula é culpado”, lê-se na nota.

O estudo mostrou também que “para 39,6%, a Lava Jato está a contribuir para combater a corrupção no Brasil, trazendo benefícios, mas tem sido conduzida de forma parcial”, enquanto 31,6% entendem que está a ser liderada de forma adequada.

Mais de 19% dos entrevistados disse acreditar que a Lava Jato “não está contribuindo para combater a corrupção no Brasil e é uma operação ruim para o país”.

A análise permitiu observar também o “desânimo dos entrevistados em relação à ausência de boas lideranças políticas”, informou a CNT.

“As expectativas para os próximos seis meses apresentam aumento no otimismo, em especial para o emprego e rendimento mensal, refletindo um início de retomada de confiança da população e dos empresários com o futuro da economia. Há, contudo, pessimismo ainda predominante para saúde, educação e segurança”, lê-se ainda na nota da confederação.

A pesquisa de opinião foi efetuada de 13 a 16 de outubro, ouvindo 2.002 pessoas de 137 municípios das cinco regiões, e apresenta uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.