Com esta ação, eleva-se para 25 mil o número de armas destruições em 2017 pela PSP.

Segundo o subintendente do Departamento de Armas e Explosivos Paulo Costa, "em 2016 foram destruídas cerca de 22 mil armas de fogo durante sete ações", um número ultrapassado em 2017 "com a sétima destruição, hoje operada, a totalizar 25 mil armas destruídas".

"Esta ação envolve cerca de 4.100 armas", precisou o responsável da PSP, revelando que hoje, na Maia, distrito do Porto, em causa estiveram "armas de fogo, fossem elas longas ou curtas, apreendidas na sequências de atividade operacional, seja de violência doméstica, criminalidade mais ou menos organizada, bem como de entregas voluntárias por parte dos cidadãos".

Paulo Costa afirmou "não haver percentagem definida" sobre quantas das armas são entregas voluntárias. Garantiu, no entanto, "que há muitas entregas voluntárias e que tendem a crescer, seja decorrente de todos os encargos que a posse de uma arma de fogo acarreta, seja pela responsabilidade que é ter uma arma de fogo dentro de uma residência".

"A origem destas armas é de todas as forças e serviços de segurança. A PSP é a única entidade que pode destruir armas, competindo ao diretor nacional dar destino às armas que são apreendidas e entregues pelos demais cidadãos", disse a fonte.

E prosseguiu: "neste caso, a maior parte das armas entregues à polícia são para destruição uma vez que não têm qualquer valor ou pertinência operacional".

Em declarações à Lusa, o subintendente explicou que "quando entre as apreensões estão armas que podem ser reutilizadas pelas forças policiais - por exemplo as ‘shot gun' -, elas acabam por ser colocadas ao serviço dessas mesmas forças". O mesmo se aplica às munições.

No processo de destruição como o de hoje, "as armas são encaminhadas para um cilindro de reciclagem, onde é feita a destruição e separação de todos os materiais, madeira para um lado e componentes metálicos para o outro, garantindo-se o cumprimento das normas ambientais", descreveu Paulo Costa.

Na ação de destruição na Maia o processo foi acompanhado por 12 agentes da PSP/Porto que vigiaram atentamente o procedimento, desde o despejo das armas no tapete de acesso ao cilindro de reciclagem até à primeira triagem de materiais ferrosos e não ferrosos e, finalmente, aos contentores onde ficarão depositados e separados.

"O material aqui destruído entra depois no ciclo da reciclagem com o metal a ser depois reutilizado e a madeira a mesma coisa, dentro das normas ambientais definidas e seguidas pela empresa responsável por esse ato", sublinhou Paulo Costa.

E especificou: "tudo o que entra nesta máquina sai em porções bastante pequenas e sem possibilidade de servir para outro aproveitamento que não seja reconstruir outro tipo de peça".

A destruição destas armas consumou-se no dia em que o Jornal de Notícias escreve que as polícias estão a apreender por dia 13 armas de fogo fora da lei.

“As autoridades apreenderam em Portugal, no ano passado, 4853 armas de fogo, numa média diária que ultrapassa as 13 unidades. E este ano, entre janeiro e março, só a GNR já apreendeu 645”, escreve o jornal.

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