“O Governo dos Açores assume continuar a pugnar para que sejam garantidas todas as condições de segurança e de operacionalidade do aeroporto da Horta e, em relação à operacionalidade, aquilo que é da nossa competência está a ser feito”, garantiu Vítor Fraga, depois de ser questionado pelo PSD sobre o que está o executivo regional a fazer nesta matéria, no debate do programa do Governo dos Açores (PS), que decorreu esta noite na sede do parlamento regional, na cidade da Horta, ilha do Faial.
Vítor Fraga esclareceu que a instalação do sistema RISE (RNP Implementation Synchronized in Europe) nas três aeronaves A320 da Azores Airlines, que assegura as ligações da SATA para fora do arquipélago, deverá estar concluída este mês.
O governante adiantou que durante o mês de dezembro é expectável que “sejam efetuados os primeiros voos de ensaio com essas aeronaves”.
O deputado do PSD Carlos Ferreira defendeu, na discussão, que se “exige uma decisão do Governo dos Açores de liderar politicamente o processo” relativo a este aeroporto, envolvendo o Governo da República e a ANA - Aeroportos de Portugal, “num processo partilhado para que, de uma vez por todas, se concretizem os investimentos necessários à melhoria da operacionalidade" da infraestrutura.
Vítor Fraga retorquiu que a “liderança do processo pelo Governo dos Açores vem de 2006”, ano em que questionou a ANA sobre a ampliação da pista da Horta.
Em abril passado, a companhia aérea SATA anunciou ter feito uma parceria com o fabricante de aviões Airbus para reduzir custos e aumentar a segurança nos voos para o aeroporto da Horta.
Na ocasião, o administrador para a área operacional da transportadora, João Bettencourt Soares, informou que esta parceria se integrava no projeto europeu RISE (RNP Implementation Synchronized in Europe), lançado em final de 2014, que visa “melhorar a precisão da trajetória de aproximações das aeronaves em várias pistas europeias”, utilizando “novos sistemas de navegação”, suportados “em tecnologia satélite GPS”, e não em equipamentos terrestres.
O administrador para a área operacional da SATA destacou que, no âmbito deste projeto, vai ser possível “realizar aproximações com mínimos de visibilidade mais baixos, aumentar a segurança de voo pela implementação de novos procedimentos, reduzir o consumo de combustível, assim como também os tempos de voo”.
A questão da operacionalidade do aeroporto já motivou um protesto em frente à Assembleia Legislativa Regional, em setembro último, além de uma carta reivindicativa, estando em curso uma petição que pede a ampliação da infraestrutura aeroportuária.
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