Em comunicado, a PSP explica que foi alertada para a manifestação através da Câmara Municipal de Lisboa. "Posto isto, a PSP elaborou a habitual análise de risco para a ordem e segurança públicas associado à realização do evento no espaço e horário propostos pelo promotor".

"Atendendo às características sociais e físicas do espaço, a PSP entendeu que existe um risco elevado para a ordem e segurança públicas, não estando assim reunidas as condições de segurança necessárias para a realização do evento", é referido.

Recordando que "a CML decidiu não autorizar a realização da manifestação nos termos propostos pelo promotor que, não concordando com esta decisão, interpôs uma providência cautelar junto do Tribunal Administrativo", a PSP refere que está "a aguardar pela competente decisão judicial, estando neste momento a planear uma operação policial que possa ser adaptada aos diferentes cenários possíveis".

"A PSP ressalva que continua a recolher informação e a acompanhar os desenvolvimentos referentes à iniciativa agendada para dia 3 de fevereiro, nomeadamente através de fontes abertas. Esta monitorização e recolha contínuas de informação permitem avaliar os potenciais riscos associados à iniciativa e planear a operação policial mais adequada às necessidades", é ainda explicado.

De recordar que a manifestação “Contra a Islamização da Europa”, organizada por grupos ligados à extrema-direita, está marcada para 3 de fevereiro.

A organização da marcha no Martim Moniz tem gerado preocupação entre a comunidade imigrante e coletivos antirracistas decidiram preparar uma manifestação de “pessoas de todas as cores”, para o mesmo dia e zona.

Em paralelo, organizações antirracismo estão a promover uma carta aberta, denominada “Contra o racismo e a xenofobia, recusamos o silêncio”, onde pedem ao Presidente da República, ao Ministério Público e às autoridades policiais para “travar a saída desta manifestação”, por violar a lei.

A carta aberta já recolheu cerca de 6.500 subscritores para pedir a proibição da manifestação “Contra a Islamização da Europa”.