Em Portugal

  • Lisboa recebeu este sábado a manifestação organizada pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM), uma iniciativa que já leva sete anos.
  • Em declarações à Lusa, a dirigente do MDM frisou que “o 8 de março não é uma data simbólica, (…), tão pouco é uma data comercial ou comerciável, como muitos querem tentar fazer, é uma data que continua associada a algo muito fundamental (…): a luta das mulheres por condições de vida e de trabalho dignas numa sociedade contemporânea”.
  • Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, esteve presente na manifestação e evidenciou os “problemas próprios” das mulheres – mais desemprego e precariedade, salários mais baixos, mais prejudicadas pelo aumento do custo de vida e no acesso as serviços públicos.
  • Também a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, reconheceu que “as mulheres trabalhadoras têm muitas razões para lutar”, sublinhando que, “para haver igualdade no trabalho, é preciso que haja um aumento geral dos salários, acabar com a precariedade, garantir os direitos”.

Em França

  • Na quinta-feira, o Senado francês, com a maioria de direita, votou o adiamento da idade mínima de reforma de 62 para 64 anos, o principal ponto da alteração proposta pelo Governo para o sistema de pensões.
  • Jean-Luc Mélenchon esteve presente na manifestação de Marselha, que juntou cerca de 7.000 pessoas. "Creio que necessitamos de uma saída democrática para esta situação de impasse", afirmou o dirigente partidário da esquerda.
  • Já o secretário-geral da CGT, Philippe Martínez, desafiou, no início da manifestação de Paris, o presidente Emmanuel Macron a “consultar os franceses” sobre a reforma que propõe para o sistema nacional de pensões.
  • As autoridades policiais disseram que na capital francesa foram detidas pelo menos 26 pessoas e que, entre os manifestantes, se encontravam encapuzados que protagonizaram ataques a diversos estabelecimentos comerciais. As imagens mostram uma grande presença policial e desacatos, com caixotes do lixo a arder.