Em Tulkarem, no norte da Cisjordânia, os manifestantes seguravam bandeiras palestinianas e gritavam ‘slogans’ contra a colonização israelita e o projeto de anexação.
O exército israelita disparou granadas de atordoamento e de gás lacrimogéneo para impedir os manifestantes de se aproximarem de um controlo de passagem militar, constatou um jornalista da agência France-Presse.
Para a tarde estão previstas manifestações em Nablus (norte), Hebron (sul) e Ramallah (centro).
O novo governo de união israelita deve apresentar a partir de 01 de julho a sua estratégia para aplicar o plano da administração norte-americana para o Médio Oriente, que prevê a anexação por Israel de colonatos e do Vale do Jordão na Cisjordânia ocupada.
Os palestinianos rejeitaram por parcialidade o “plano Trump”, que prevê igualmente a criação de um Estado da Palestina, mas num território reduzido e sem Jerusalém Oriental por capital, contrariamente ao que desejavam.
As manifestações coincidem com o aniversário do que os palestinianos designam de “Naksa”, a derrota dos países árabes na guerra dos Seis Dias em 1967.
Este conflito causou o deslocamento de centenas de milhares de palestinianos e levou à ocupação por Israel da Faixa de Gaza — de onde se retirou em 2005 -, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, que anexou como parte da sua “capital indivisível”.
“Hoje assinalam-se 53 anos de ocupação israelita, acabar com ela é uma responsabilidade internacional”, escreveu na rede social Twitter o secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erakat.
Mais de 450.000 israelitas vivem em colonatos na Cisjordânia, considerados ilegais pela lei internacional, ao lado de 2,7 milhões de palestinianos.
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