“A defesa entendeu que não era necessário, a defesa lá saberá por que é que não era necessário”, declarou o chefe de Estado, em resposta a questões dos jornalistas, durante a inauguração de uma exposição da pintora Paula Rego no Museu da Presidência da República, em Lisboa.

Interrogado sobre o que faria se a defesa de José Azeredo Lopes tivesse avançado com um pedido para que testemunhasse no processo de Tancos, que está em fase de instrução, o Presidente da República respondeu: “Se há pessoa que não se inibiu nem coibiu de falar do tema fui eu, ao longo de dois anos e meio, mas a estratégia de cada arguido e de cada advogado de arguido é definida por ele, não é definida por outro”.

Confrontado com o facto de o advogado do ex-ministro da Defesa, Germano Marques da Silva, ter dito hoje que ponderou chamar o Presidente da República como testemunha e que só não o fez “por ser uma alta figura de Estado com direito a imunidade e com possibilidade de não responder”, Marcelo Rebelo de Sousa começou por referir que “o arguido e o seu advogado é que definem a estratégia da defesa”.

“Quem define a estratégia da defesa é a defesa, e eu não fui ouvido nem achado, nem antes nem depois, sobre isso”, referiu.

“Mas depois ouvi, quando perguntado se achava que era necessário o meu depoimento, ter dito: não, não é necessário. Portanto, a defesa entendeu que não era necessário, a defesa lá saberá por que é que não era necessário”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou não se pronuncia sobre processos judiciais específicos, mas lembrou que em relação ao caso de Tancos tem repetido em sucessivas ocasiões que “tem de se apurar tudo o que aconteceu de alto abaixo, integralmente”, porque essa “é uma exigência da instituição militar, do prestígio da instituição militar, e da própria afirmação da democracia em Portugal”.

O caso do furto do armamento de guerra dos paióis de Tancos foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar (PJM), em colaboração com elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Loulé.

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