"Vamos esperar, vamos esperar. Este acordo é um acordo para dar tempo para se chegar a um acordo. É um acordo preliminar para dar uma folga e um tempo para ver se é possível um acordo", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à margem de uma conferência em Lisboa.
O Presidente da República foi questionado sobre o anúncio hoje feito pela Comissão Europeia de que tinha acordado com os governos de Portugal e Espanha uma "resolução amigável" para o litígio em torno de Almaraz.
Na opinião do Presidente da República, todos ganhariam, do lado português e do lado espanhol, se fossem unidos "os esforços para conseguir o acordo definitivo".
"E aí penso que os dois governos, os partidos de um lado e de outro que têm influência - quer no Governo, quer na oposição, podem e devem ajudar porque há partidos diferentes nos governos dos dois países que têm parceiros noutros partidos do outro país que deviam juntar esforços a ver se é possível transformar este acordo para permitir um acordo num acordo definitivo",apelou.
Questionado sobre se o apelo era especificamente para o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, o chefe de Estado respondeu: "não, acho que devem ser os partidos dois lados, como sabe são partidos diferentes dos que estão no Governo".
"Portanto isso aplica-se para os dois lados porque é um interesse nacional dos portugueses, modestamente também penso que é um interesse nacional espanhol o bom entendimento entre os dois países. Se for possível aproveitar esta ocasião, proporcionada no quadro europeu, para um entendimento duradouro, isso seria o ideal", defendeu.
Depois do tema de Almaraz, os jornalistas questionaram de novo Marcelo Rebelo de Sousa sobre a polémica em torno da Caixa Geral de Depósitos, mas obtiveram apenas como resposta: "nada sobre isso".
Sobre a solução encontrada pelo Governo para o Novo Banco, o Presidente da República disse ainda não saber qual é e por isso vai esperar.
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