Na mensagem enviada ao atual secretário-geral da ONU, divulgada no portal da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que “Kofi Annan será recordado como um lutador incansável pela Paz, como reconhecido pelo Comité do Prémio Nobel, que, em 2001, o agraciou, e às Nações Unidas, com o Prémio Nobel”.
O Chefe de Estado recorda que Annan, que esteve à frente da ONU de 1997 até 2006, “foi também um amigo constante de Portugal e um aliado inquebrantável na luta pela autodeterminação do povo de Timor-Leste, para cuja independência tanto contribuiu”.
Annan “logrou ainda, durante o seu mandato, incluir no debate público questões como o estatuto das mulheres e reforçar o relacionamento com a sociedade civil. O seu legado perdurará assim como um exemplo e uma referência”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa.
“O Presidente da República associa-se assim a todos aqueles que nesta hora sentem a perda de um grande estadista internacional que foi igualmente um visionário, tendo transmitido, em seu nome e do povo português, as condolências à família de Kofi Annan, extensivas à Organização das Nações Unidas”, segundo a mesma nota.
O diplomata ganês Kofi Annan morreu hoje aos 80 anos, em Berna, vítima de “curta doença”, como anunciou em comunicada a fundação por si instituída.
No decorrer do seu mandato criou, em 2001, o Fundo Global de Luta contra a SIDA, Tuberculose e Malária, uma parceria público-privada internacional, para apoiar os países em desenvolvimento.
O diplomata ganês em 1962 assumiu a direção de Orçamento da Organização Mundial da Saúde, e regressou às Nações Unidas no final da década de 1980, como secretário-geral adjunto em três posições consecutivas, Gestão dos Recursos Humanos e Coordenador para as Medidas de Segurança do Sistema das Nações Unidas (1987–1990), subsecretário-geral para Planeamento de Programas, Orçamento e Finanças e de Controlador (1990–1992), e responsável pelas Operações de Manutenção da Paz (1993-1996).
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