Com chegada a Nova Deli prevista para as 19:55 locais (14:25 em Lisboa), o chefe de Estado terá na sexta-feira encontros com o Presidente da República da Índia, Ram Nath Kovind, e com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi - ambos membros do Partido do Povo Indiano (BJP), de direita, pró-hindu.

Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se convicto de que o relacionamento bilateral com a Índia "só pode melhorar" com os contactos institucionais que irá manter durante esta visita, para dar continuidade ao estreitamento de relações impulsionado pelos primeiros-ministros português, António Costa, e indiano, Narendra Modi.

De Nova Deli, o Presidente da República seguirá ainda na sexta-feira para Mumbai, centro económico da Índia, onde no sábado terá um pequeno-almoço com empresários indianos, encerrará um seminário económico e prestará homenagem às vítimas dos ataques terroristas de 2008.

Em vésperas desta visita, numa entrevista ao canal público de televisão indiano Doordarshan News, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que os dois países devem celebrar um acordo bilateral de investimento e podem cooperar através da CPLP, reiterando o apoio de Portugal à entrada da Índia para esta comunidade com o estatuto de observador associado e também para o Conselho de Segurança das Nações Unidas como membro permanente.

As trocas comerciais entre Portugal e Índia têm crescido nos últimos anos, embora com oscilações nas exportações portuguesas, e perspetivam-se novos acordos de cooperação, como um contrato entre o grupo Águas de Portugal e o Departamento de Obras Públicas do estado de Goa.

Está previsto que este contrato seja assinado na presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Goa, último ponto desta visita, onde o chefe de estado estará ainda na abertura de um seminário sobre requalificação urbana e visitará o Convento de Santa Mónica e o Museu de Arte Cristã.

Acompanharão esta deslocação do Presidente da República o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, os secretários de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e deputados de vários partidos.

Portugal e a Índia têm relações históricas com mais de 500 anos, que remontam à chegada do navegador Vasco da Gama ao subcontinente, em 1498.

As relações diplomáticas estiveram cortadas durante perto de vinte anos, durante o período do Estado Novo, e foram restabelecidas após o 25 de Abril de 1974, quando Portugal reconheceu a plena soberania da Índia sobre os antigos territórios portugueses de Goa, Damão, Diu, Dadrá e Nagar Aveli.

Esta será a 17.ª visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa e a segunda a um país asiático, depois da República Popular da China, onde esteve no ano passado.

Antes de Marcelo Rebelo de Sousa, fizeram visitas de Estado à Índia os presidentes da República Mário Soares, em 1992, e Aníbal Cavaco Silva, em 2007.

O primeiro-ministro, António Costa, que tem raízes goesas, fez em janeiro de 2017 uma visita à Índia que teve caráter de Estado, recebeu Narendra Modi em Portugal em junho desse mesmo ano e regressou a Nova Deli em dezembro passado, como convidado de honra das cerimónias do 150.º aniversário do nascimento de Mahatma Gandhi.

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