A condecoração aconteceu no encerramento de um ciclo de conferências que assinalou os 50 anos da Universidade Católica Portuguesa, nas instalações desta instituição, em Lisboa.

Na presença da reitora, Isabel Capeloa Gil, e do chanceler desta universidade e cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, o chefe de Estado declarou: "Excelências, nunca é tarde para cumprir um dever de consciência. No caso, um dever de consciência nacional".

"Este é, pois, o momento de reconhecer formalmente o contributo da Universidade Católica Portuguesa a Portugal, que o mesmo é dizer aos portugueses: cinco décadas de devotado serviço à educação e à cultura, de notável sentido de missão comunitária, de porfiada preocupação de bem comum", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa enalteceu o "mérito de chanceleres, de reitores, de dirigentes, de professores, de funcionários, de pais, de alunos, de benfeitores, de amigos" e "de toda a Igreja Católica", que considerou ser um "elemento integrador da identidade nacional".

"Eis porque importa assinalar essas cinco décadas através da atribuição do título de membro honorário da Ordem da Instrução Pública, em nome de Portugal", defendeu.

A Ordem da Instrução Pública destina-se a "galardoar altos serviços prestados à causa da educação e do ensino".

À saída da Universidade Católica Portuguesa, em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa pediu "que nunca deixe de se apostar na universidade, que não se deixe de apostar na educação e na ciência e na cultura", antevendo "tempos difíceis economicamente e financeiramente lá fora, na Europa como no mundo" nos próximos anos.

"Aquilo que se não fizer pela universidade neste momento, mais tarde já é tarde de mais para fazer", advertiu.

Questionado sobre o caso de Tancos, limitou-se a reiterar que espera "o apuramento tão rápido quanto possível, quer do que respeita à devolução do armamento, quer do que respeita - e agora menos falado - ao furto ou roubo do armamento".

"Isso é muito importante, pelas razões que eu expliquei desde o início e, quaisquer que sejam as consequências, doa a quem doer, tem de ser feito. E é fundamental que se faça, por uma questão de afirmação do Estado direito e também do prestígio da instituição militar", reafirmou.

Interrogado sobre as eleições no Brasil, respondeu: "Eu não me pronuncio sobre eleições noutros países".

O Presidente da República referiu que "neste momento, há, em simultâneo, eleições em inúmeros países", e completou: "Acompanho tudo o que se passa neles, mas não me pronuncio sobre isso".


Notícia atualizada às 20:35