“O Presidente da República reiterou a afirmação da firme intenção de Portugal colaborar com o novo Presidente eleito da Guiné-Bissau, incrementando a colaboração no quadro bilateral, e multilateral, com aquele país africano de língua oficial portuguesa”, lê-se numa nota colocada no site da Presidência portuguesa.
Marcelo “falou hoje ao telefone com Umaro Sissoco Embaló, a quem felicitou pelos resultados nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, ontem [quarta-feira] anunciados pela Comissão Nacional de Eleições deste país irmão”, lê-se ainda na nota.
Mais de 760.000 guineenses foram chamados às urnas no domingo para escolherem o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Umaro Sissoco Embaló e Domingos Simões Pereira.
Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o outro candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), conseguiu 46,45%.
Na quarta-feira, o candidato derrotado admitiu impugnar as eleições: “Se tenho a convicção que o povo guineense nos dá a vitória nestas eleições presidenciais significa que os resultados provisórios agora publicados pela Comissão Nacional de Eleições estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações, que consubstancia e une àquilo que consideramos um roubo e não podemos aceitar”, disse Domingos Simões Pereira, perante dezenas de apoiantes, na sede do partido.
“Nós vamos propor a impugnação destes resultados”, afirmou em crioulo, acrescentando: “Depois de tudo o que vi, ouvi e sei não tenho dúvidas que o povo guineense nestas eleições presidenciais deu-nos a vitória, sim; eu não tenho dúvidas de que conquistámos a vitória nestas eleições presidenciais e a minha primeira palavra é dirigida aos milhares de militantes e simpatizantes do nosso partido”.
No discurso de vitória, o candidato mais votado, Sissoco Embaló afirmou: “Penso que já acabou a euforia da campanha, agora sou o Presidente da República de todos os guineenses e é o momento de estender a mão a todos os guineenses para batizarmos uma nova Guiné”.
“Eu, como disse, reformulo outra vez ser um Presidente da concórdia nacional, um homem de rigor, de disciplina, de combate à corrupção e à droga. Isso, eu mantenho. A Guiné não será aquele Estado que permite a cada um falar da Guiné como quer. Agora há um homem de Estado”, salientou.
Umaro Sissoco Embaló afirmou também que os guineenses vão passar a sentar-se à mesa para resolver os seus problemas e que “não haverá imiscuições”, porque a Guiné-Bissau é uma “República soberana e independente”.
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