O chefe de Estado, que respondia a questões dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, recusou contudo entrar no debate sobre a obrigatoriedade ou não do uso de máscaras para combater a propagação da covid-19, matéria que realçou que "compete às autoridades sanitárias nacionais e internacionais".
"Estando em curso um processo de definição de uma posição por parte das autoridades sanitárias, não deve o Presidente estar a pronunciar-se sobre uma matéria que é da competência das autoridades sanitárias", reiterou.
Quanto à regra que entendeu pessoalmente adotar, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que, "não sendo nem obrigatório, nem proibido", decidiu utilizar máscara em certas situações por pertencer ao grupo de risco, pela idade, 71 anos, mas também "por virtude de outras circunstâncias de natureza respiratória".
"Acharia que era de bom senso, no meu caso, em certos ambientes fechados, com muitas pessoas presentes, não tanto para me proteger a mim, mas para proteger os demais em geral, mas acaba por ser uma proteção global, usar máscara - mas porque a situação não era obrigatória, de facto, mas não era proibida", acrescentou.
O Presidente da República referiu que ouviu a ministra da Saúde, Marta Temido, "concordar com isso" considerando "que era aconselhável no caso de pessoas pertencentes a grupos de risco em termos de situação respiratória" o uso de máscara.
Marcelo Rebelo de Sousa disse aguardar a decisão das autoridades sanitárias sobre "em que casos, em que situações, e com que amplitude" se deve usar máscara, que prometeu seguir, "como cidadão cumpridor".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 68 mil morreram.
Em Portugal, registaram-se 311 mortes e 11.730 infeções confirmadas, segundo o balanço feito domingo pela Direção-Geral da Saúde.
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