Marcelo Rebelo de Sousa e Mahamadou Issoufou, que atualmente preside à Conferência de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, reuniram-se na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, à margem da Cimeira da Ação Climática.
No final do encontro, o Presidente português declarou à agência Lusa que um dos temas na agenda deste encontro foi a situação da Guiné-Bissau - que é um dos 15 Estados-membros da CEDEAO, assim como Cabo Verde.
A Guiné-Bissau "é um tema em comum", que tanto a CEDEAO como Portugal acompanham, referiu, manifestando "a esperança de que as eleições presidenciais de novembro sejam um passo fundamental para a estabilização, volvidos tantos anos, tais são os riscos daquela região".
"Depois, o Presidente da República do Níger fez um convite muito simpático, que ficou de formalizar, para eu ir a uma cimeira da CEDEAO e assim poder encontrar os membros dessa comunidade e poder falar-lhes", relatou Marcelo Rebelo de Sousa, adiantando que será, "em princípio, no ano que vem".
Por sua vez, o chefe de Estado português convidou Mahamadou Issoufou "a ir a Lisboa, aproveitando a Conferência dos Oceanos, em junho" e, no quadro da "colaboração no domínio do digital", deixou um desafio à comitiva nigerense: "Eu estimulei-os muito a irem à Web Summit".
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, falou-se também "nos investimentos que poderiam ser importantes portugueses" no Níger em setores como infraestruturas, digital, energias renováveis, educação e saúde.
"Nós não temos tido uma grande relação entre nós e, portanto, há aqui uma oportunidade única para a desenvolvermos. E eu até expliquei por que fazia sentido, uma vez que tem havido uma presença portuguesa muito forte noutros países dessa comunidade, como a Costa do Marfim ou o Senegal, que eu já visitei, entre outros", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo a Nova Iorque, onde ficará até quarta-feira, para participar na Cimeira da Ação Climática e no debate geral da 74.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
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